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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Datafolha desmente construção ideológica do antipetismo radical

"Não há um Brasil rachado, como insistem os analistas da grande mídia, mas um Brasil consciente da necessidade de mudança", escreve César Fonseca

Fernando Abrucio, Lula e Bolsonaro (Foto: Reprodução/Youtube | Ricardo Stuckert | PR)
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Por César Fonseca 

Quem acertou na mosca, realmente, foi o cientista político Fernando Abrúcio, ao considerar, antes de vir à luz a pesquisa Datafolha, desimportante o antipestismo como perigo para a candidatura Lula; para ele, essa construção ideológica diluiria com a ressurreição da memória popular quanto aos fatores positivos da melhor distribuição da renda nacional na Era lula.

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No frigir dos ovos, disse ele, a população consideraria relevante o melhor padrão de vida, dado pelo salário reajustado pelo inflação, mais correção pelo crescimento do PIB, do que a construção ideológica do antipetismo, para rechaçar o lulismo contra o bolsonarismo, em antagonismo radical.

Veio, agora, ao ar  a pesquisa, e o que ela mostra?

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Simples, que o relevante é o que Abrúcio disse e por dizer essa verdade cristalina em entrevista ao Em Pauta, na Globonews, foi retirado, abruptamente, do ar, configurando o que já se sabe, que a Globo é avessa à realidade dos fatos, especialmente, os que favorecem Lula.

Datafolha, assim como o IPEC, divulgados, nessa semana, demonstram o contrário: não há antagonismo radical, mas preferência essencial da maioria na disputa Lula x Bolsonaro pelo racionalismo; a população preferiu, nas duas pesquisas, lembrar e escolher o nome de Lula, devido à diferença entre ambos, quanto as suas políticas econômicas; a de Lula, de promoção do poder de compra que fortalece mercado interno, desembocando em desenvolvimento sustentável, graças à melhor distribuição de renda; e a de Bolsonaro, pelo seu contrário: desemprego, fome, instabilidade, desespero, inflação etc.

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Por isso, o candidato da oposição, que agrega esquerda, centro-esquerda, direita, centro-direita, alcança 48% da preferência popular, na pesquisa estimulada, e 40% na espontânea, pelo IPEC, enquanto, pelo Datafolha, chega, também, aos 48% na estimulada e mais de 30% na espontânea; já Bolsonaro, nas duas pesquisas ficou na casa dos 20%(estimulada) e abaixo de 15% na espontânea; ou seja, não se verifica, pelos números, nenhum antagonismo radical, visto que 70% dos entrevistados pelo IPEC disseram não querer saber de Bolsonaro nem pintado de ouro.

ESCOLHA POPULAR CONSCIENTE

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Comprova-se, ao contrário, uma tranquila aprovação de Lula e, ao mesmo, tempo, também, tranquila, rejeição de Bolsonaro, ao passo que a denominada terceira via como alternativa ao antagonismo ideologicamente construído pela mídia dilui-se, desesperadamente, entre Moro, Ciro e Dória numa escala descendente de 8% a 2%.

Não há, portanto, um Brasil rachado, de alto abaixo, como insistem os analistas da grande mídia, mas um Brasil consciente da necessidade de mudança, para buscar outra política econômica alternativa à neoliberal, que produziu desemprego recorde, fome em expansão, subconsumismo crônico, desânimo das elites quanto à recuperação das atividades produtivas, decorrentes do arrocho salarial, recessão  e inflação.

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As pesquisas IPEC e Datafolha apontam um Brasil politicamente maduro, machucado pelo sofrimento, consciente e relativamente agregado em posição de consenso, para alterar a loucura neoliberal, essa sim, responsável pela divisão nacional, em contraponto à política social democrata lulista-dilmista-petista, golpeada em 2016, depois de, em 2014, vencer a quarta eleição nas urnas, democraticamente nas urnas; os números clarividentes da das duas pesquisas se convertem em suas essencialidades, pela remoção, pelo voto, dos golpistas.

IRREALISMO ABSTRATO NEOLIBERAL ESPECULATIVO

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E o que dizer da construção ideológica da terceira via nascida da mídia que deixou de fazer jornalismo para se transformar em veículo de propaganda do neoliberalismo tocado pela financeirização econômica neoliberal que desorganizou o país, jogando-o num beco sem saída, conforme discurso fascista bolsonarista?

Os fatos dão razão a Millor Fernandes que dizia não existir opinião pública, mas opinião publicada; havia vários meses que a mídia conservadora-reacionária(Folha, Globo, Estadão etc) batia na mesma tecla do Brasil irremediavelmente dividido, polarizado, radicalizado, rumo a um confronto, a justificar o fascismo em prol do armamentismo capaz de levar a sociedade à guerra.

Nesse ambiente, necessária se fazia a escolha de terceira via para pacificar o país, a fim de livrá-lo de confronto de antagônicos radicais; a construção de estado de guerra se mostrou uma quimera, se forem analisados, friamente, os números das pesquisas Datafolha e IPEC.

A lembrança dos tempos de Lula e Dilma, com a economia em estado de pleno emprego, como aconteceu ao final de 2014, na casa dos 4% da População Economicamente Ativa(PEA), destacou em números esclarecedores.

TENTATIVA DE RECOLONIZAR BRASIL

É isso que Fernando Abrúcio, lucidamente, destacou na Globonews, para lembrar que não há antagonismo ideológico produzido por um tal antipetismo, construído, midiaticamente, em termos escandalosos; há, sim, uma disputa histórica de um Brasil conservador, dominado ideologicamente, por uma elite ligada aos interesses externos, que se apavora com Possibilidade de derrotas eleitorais, no ambiente democrático.

Elas levariam às reformas políticas capazes de ampliar a participação da maioria na distribuição da riqueza nacional, excessivamente, concentrada, geradora de desigualdades sociais e permanente instabilidade que, apenas, favorecem os mais ricos em detrimento dos mais pobres, eternizando crônico subconsumismo que não deixa o capitalismo brasileiro avançar, industrializar-se, criar empregos de qualidade e alta produtividade para melhorar padrão de vida popular, gerando, consequentemente, soberania nacional influente no mundo.

Demonizar Lula, que tem por meta alcançar tal padrão superior para a população, conforme suas propostas sociais-democratas, virou obsessão da elite tupiniquim, disposta, com o bolsonarismo fascista, levar o Brasil, novamente, à condição de colônia.

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