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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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De pai para filho desde 2019

"Pode-se dizer tudo de Bolsonaro, menos que não é rápido no gatilho. Foi o primeiro o começar a campanha que venceu no ano passado. Todos se perguntam, estupefatos, que doideira foi essa de nomear o filho Eduardo embaixador em Washington", constata o jornalista Alex Solnik

Eduardo Bolsonaro e Jair Bolsonaro (Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)
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Por Alex Solnik,  para o Jornalistas pela Democracia - Tenho pena dos políticos que bajulam Bolsonaro na esperança de um dia serem apoiados por ele na sua sucessão, em 2026, porque candidato à reeleição ele já é e reeleição ninguém perde.  2022 está no papo.

  E em 2026 vai dar chapéu em todos eles. Não vai apoiar ninguém de nenhum partido, muito menos o dele.

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  Está na cara o que ele quer fazer.

  Ao vê-lo, ontem, desembarcar na Argentina levando o filho 04 a tiracolo na primeira viagem internacional, apresentando-o como “embaixador mirim” tive a intuição de que ele prepara os filhos para sucedê-lo.

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  Danem-se os partidos, danem-se os políticos.

  Ele age como imperador do Brasil, nada mais natural planejar que depois dele seus filhos subam ao trono. Seu projeto de poder tem mais a ver com a família que com a política, tal como ocorre nas monarquias. Seu partido são seus filhos.

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  Pode-se dizer tudo de Bolsonaro, menos que não é rápido no gatilho. Foi o primeiro o começar a campanha que venceu no ano passado. Todos se perguntam, estupefatos, que doideira foi essa de nomear o filho Eduardo embaixador em Washington.

  Pode parecer – e é – doideira, mas tem uma lógica bolsonarista: a embaixada poderá ser o seu estágio, a sua credencial para ser o candidato do pai nas eleições de 2026. Nunca aconteceu na história do Brasil o pai presidente eleger o filho, mas todos os absurdos estão acontecendo.

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  Tem outra: se o Senado não o impedir de ser embaixador, apesar da sua biografia medíocre, nada o impedirá de se candidatar a presidente.

  Dá até para adivinhar qual será sua bandeira: continuar o que seu pai começou e não teve tempo de terminar e impedir que o PT volte ao poder. Funcionou em 2018, vai funcionar em 2026.

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  Não é impossível que, por esse cronograma, a dinastia Bolsonaro dure ao menos até 2034. De pai para filho desde 2019.

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