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Julimar Roberto

Comerciário e presidente da Contracs-CUT

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De simples, Bolsonaro não tem nada

"Enquanto milhões de pessoas passavam fome no Brasil, Bolsonaro e sua família luxavam com nosso dinheiro", diz Julimar Roberto

Jair Bolsonaro e cartão corporativo (Foto: Reuters | Divulgação/EBC)
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Por Julimar Roberto

Lá em meados de 2018, o então presidente começou uma “campanha” para mudar sua imagem. Nas constantes aparições nas redes sociais, se mostrava como um homem simples. Algumas vezes, calçando chinelo, noutras, comendo pão com leite condensado, vez ou outra, comendo com as mãos. Sempre num cenário bem humilde. A ideia era passar a imagem de um homem do povo, de gente como a gente.

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Cinco anos depois, após ter o sigilo de 100 anos do cartão corporativo quebrado, essa imagem foi por água abaixo. Uma surpresa apenas para quem acreditou no teatro de encenação pífia, porque para a maioria da população já estava claro que, de simples, ele não tinha nada.

E o que veio à tona é assustador. R$ 75 milhões. Esse foi o gasto de Bolsonaro com o cartão usado para as despesas do chefe do Planalto. O valor é três vezes maior do que os R$ 27,6 milhões divulgados inicialmente. E a podridão ainda piora quando os números são esmiuçados.

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Aproximadamente R$ 13,6 milhões foram gastos em hotéis de luxo. Apenas um único hotel, localizado no Guarujá, litoral de São Paulo, recebeu mais de R$ 1 milhão. E a farra com o dinheiro do povo não para por aí.

Em um único dia, o dito homem humilde que assinava com caneta Bic gastou R$ 55 mil em uma padaria. No mesmo estabelecimento, Bolsonaro usou o cartão outras 20 vezes ao longo do mandato, totalizando R$ 360 mil apenas nesse estabelecimento.  

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O que chama a atenção é que um gasto específico de R$ 33 mil, no dia 22 de maio de 2021, foi realizado às vésperas de uma motociata “espontânea” a favor do ex-presidente, no Rio de Janeiro.

Em outubro do mesmo ano, Bolsonaro esteve em Boa Vista, Roraima, cumprindo agenda presidencial. Na ocasião, comprou 659 marmitas e cerca de 3 mil lanches. Um gasto de R$ 109 mil, pago ao restaurante Sabor de Casa. Essa foi a maior despesa do ex-presidente com alimentação registrada no cartão. No mesmo restaurante, Bolsonaro fez mais duas compras no ano de 2021, que, juntas, passam dos R$ 42 mil. Ao todo, foram mais de R$ 150 mil gastos no Sabor de Casa.

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Outro ponto que piora a situação do capitão reformado são gastos realizados em locais em que ele não estava, como o que ocorreu em Goiânia, Goiás. Em apenas um dia – 30 de agosto de 2021 –, Eduardo e Renan, filhos de Bolsonaro, gastaram mais de R$ 63 mil do dinheiro do povo. Na data em questão, o ex-presidente não tinha agenda na cidade.

Vale lembrar que o cartão corporativo é distribuído para as pessoas que ocupam postos-chave da gestão pública, e deve ser usado para cobrir despesas de urgência ou gastos de viagens do presidente, o que não era o caso do ocorrido na capital goiana.

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Não se sabe o que ainda virá com a quebra dos sigilos impostos por Bolsonaro. Mas, levando em conta a índole de sua pessoa, não esperemos coisas boas. O que sabemos até agora é que, enquanto milhões de pessoas passavam fome no Brasil, Bolsonaro e sua família luxavam com nosso dinheiro. Aquele homem simples que cativou alguns iludidos nas redes sociais, na verdade, nunca existiu.

De simples Bolsonaro nunca teve nada.

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