Denúncia e alerta para que não se repita
Moradores protestam contra restrição de acesso à Praça Nossa Senhora da Paz durante evento promovido com autorização da prefeitura do Rio
5 de outubro, domingo de sol, a Praça Nossa Senhora da Paz em Ipanema, bairro da zona Sul do Rio, passou todo o dia com os portões fechados. Para ter acesso ao logradouro público moradores e frequentadores habituais tiveram que passar por vistoria de segurança realizada por funcionários de empresa particular. No portão semiaberto, a recepcionista informava que estava acontecendo “evento cultural de um país”. Perguntada sobre de que país se tratava_ “Israel”, respondeu a moça.
A praça Nossa Senhora da Paz tem tradição de se abrir para eventos de diversos países. Todos os anos é uma festa a comemoração do 14 Juillet, dia da República Francesa. A restrição causou desconforto e o argumento de que a medida era “para segurança” dos presentes provocou indignação e acendeu o alerta pela defesa do direito de ir e vir em paz, direito negado por Israel ao povo da Faixa de Gaza.
Israel pratica a expulsão dos palestinos da sua própria terra por meio do genocídio e se sente à vontade para exportar a violação do espaço alheio. A prefeitura autorizou o procedimento para evitar atentado.
O que a prefeitura não entendeu é que o perigo estava dentro da praça de portão sem-aberto e guardado por segurança privada. A barbárie perpetrada por Israel é que bota em risco a segurança do entorno. No caso, a pracinha da Paz de Ipanema. Que isso não se repita.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

