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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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Desafio dos candidatos: defender direito de Lula se expressar se desejarem se viabilizar

O processo político eleitoral enfrenta o dilema da democracia estuprada por judiciário politizado a serviço de interesses antidemocráticos, expressos nas manobras protelatórias, quanto a aprovar ou não habeas corpus pela liberdade do ex-presidente Lula

Desafio dos candidatos: defender direito de Lula se expressar se desejarem se viabilizar (Foto: Stuckert)
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As pesquisas mostram que Lula, sozinho, acumula mais apoio(33%) do que, praticamente, todos candidatos juntos(36%), segundo o Ibope.

Barbada, no primeiro turno, se ele disputar, se ele falar, o que, até isso, agora, está proibido.

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Sobretudo, o processo político eleitoral enfrenta o dilema da democracia estuprada por judiciário politizado a serviço de interesses antidemocráticos, expressos nas manobras protelatórias, quanto a aprovar ou não habeas corpus pela liberdade do ex-presidente.

Nesse sentido, o próprio judiciário se rachou em múltiplas formas contraditórias, sabendo ser o direito, não uma ciência exata, mas multifacetada, capaz de abrigar várias versões sobre um mesmo fato.

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Especialmente, isso se dá, de forma acachapante, quanto tal fato não tem, para comprovar sua existência, prova cabal, registrada em cartório, como é o caso do tríplex do Guarujá, que Moro e seus seguidores insistem em afirmar ser propriedade do ex-presidente.

O juiz de Curitiba transformou-se, agora, em chacota internacional.

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Emergiu como maior escândalo, nesse momento, a manifestação explícita do judiciário tupiniquim, completamente, desmoralizado, em cercear liberdade de opinião a um candidato à disputa eleitoral.

Todos podem falar o que bem desejar, menos Lula.

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Condenado sem sentença tramitada em julgado, como exige a Constituição, ele se encontra ilegalmente preso, preventivamente, proibido, a partir dessa semana, por juíza da republiqueta jurídica curitibana, de falar, de dar entrevista, de ser questionado etc.

Pode falar o que quiser sobre ele, menos ouvir dele a sua própria versão.

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Monstruosidade antidemocrática.

Jamais, pelo que se conhece, aconteceu isso na civilização, salvo nas masmorras fascistas, onde dominam a teoria do domínio do fato, importada pelos juízes de terra brazilis.

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Tentam fazer crer que não constitui fato jurídico novo a condição de Lula pré-candidato, como argumento capaz de produzir para ele habeas corpus salvacionista.

Mas, não é essa a questão essencial.

O fundamental é a censura à opinião de um candidato em disputa eleitoral.

Nem a ditadura agiu dessa forma.

Os militares, num determinado momento da obscuridade ditatorial, já saindo por uma luz no fim do túnel, durante a precária abertura política, permitiram campanha eleitoral sem a voz dos candidatos.

Apenas, aparecia, na telinha, o retrato deles/delas, com nome, inscrição e partido.

Grotesco.

Pelo menos, valia para todos.

Não ocorria seletividade.

O que se verifica, dessa vez, como fruto bastardo do golpe de 2016, que derrubou presidenta eleita com 54 milhões de votos, é a seletividade politicamente assassina.

Todos poderão falar, menos, um, o favorito absoluto, nas pesquisas de opinião, Lula.

Mantê-lo em silêncio é objetivo dos golpistas, custe o que custar.

No entanto, o preço que estão tendo que pagar por essa atitude fascista é desconcertante e cômico, se não fosse trágico.

Todos os que estão falando vão se vendo, incomodamente, na obrigação de defender direito do candidato condenado ao silencia de falar, sob pena de perderem votos.

É o que passou a fazer, por exemplo, o ex-presidente Fernando Collor de Mello, senador pelo PRN, de Alagoas.

Incômodo terrível para os que disputam, pois, se não falarem nada sobre o absurdo evidente, do qual, absurdamente, existem, ainda, defensores, estarão compactuando com a ditatura jurídica.

Nesse sentido, a mancada mais braba está sendo cometida por Ciro Gomes, fantasia de centro-esquerda, candidato do PDT, sem falar em Geraldo Alckmim, PSDB, de centro-direita.

Diante do ataque jurídico ao desembargador Favreto, por ter concedido liberdade ao ex-presidente, mediante argumento de que está com sua liberdade cerceada, Ciro perdeu oportunidade de alavancar sua candidatura, ao não fazer o que Collor, agora, faz.

Excluindo os candidatos de esquerda(Boulos, Manuela e Lula, claro), os demais, direita e extrema direita e centro direita, como Alckmim, mais Marina, Rede; Bolsonaro, PSC; Álvaro Dias, Prós e outros penduricalhos, ficam em sinuca de bico.

Veem-se obrigados a defender a essência democrática, que se constitui na liberdade de ter opinião, a favor ou contra etc, na disputa eleitoral.

É questão suprapartidária, elementar, do jogo democrático.

Caso contrário, serão taxados, pelos seus potenciais eleitores, de omissos.

O hilário, nisso tudo, é que o candidato forçadamente silenciado pela (in)justiça mostra-se, cada vez mais imbatível, quanto mais estiver proibido de manifestar-se.

O temor dos adversários vai virando, sempre, a próxima pesquisa eleitoral.

Sai de baixo.

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