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Milton Alves

Jornalista e sociólogo

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Deter o genocídio, a fome e a escalada autoritária de Bolsonaro

"Os movimentos de Bolsonaro indicam, claramente, uma aposta na direção do autoritarismo para intimidar e brecar principalmente a oposição de esquerda e, secundariamente, lideranças da velha direita neoliberal", escreve o colunista Milton Alves

(Foto: Divulgação)
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A política genocida do governo Bolsonaro é a principal causa do aumento avassalador das mortes pela Covid-19 – quase 300 mil vidas perdidas para a doença – da volta da fome e dos caos social que avança no país.

Nos últimos dias, ao lado do avanço da pandemia, Bolsonaro apelou novamente ao arsenal autoritário para reprimir críticos e opositores, recorrendo ao garrote da Lei de Segurança Nacional (LSN), famigerado instrumento herdado da ditadura.

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Além disso, sem respostas para as demandas geradas pela crise sanitária, econômica e institucional em curso, o presidente Bolsonaro ameaça decretar o “estado de sítio”, abrindo caminho para a repressão aberta e a ditadura.

“O caos vem aí. A fome vai tirar o pessoal de casa. Vamos ter problemas que a gente nunca esperava ter, problemas sociais gravíssimos. Onde é que nós vamos parar? Será que a população está preparada para uma ação do governo federal dura no tocante a isso?”, afirmou Bolsonaro em tom ameaçador.

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No plano simbólico, o governo da extrema-direita e os comandos militares preparam eventos de comemoração do golpe militar de 1964. Um pretexto ideológico para reforçar a mensagem autoritária e a narrativa golpista contra as forças democráticas, em particular algo que soa como uma provocação política contra a esquerda neste momento turbulento da vida do país. Ao mesmo tempo, o ex-presidente Lula continua sendo o alvo de armadilhas e tramoias jurídicas nas cortes superiores.

Também é importante atentar para as movimentações e exercícios militares realizados em diversas regiões do país, sob a cobertura de treinamento de tropas na modalidade de contrainsurgência via GLO – Garantia da Lei e da Ordem – um dos subprodutos da teoria do combate ao inimigo interno – ou seja, o povo brasileiro, ainda vigente nas academias militares.

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Se é verdade que Bolsonaro perde terreno - e vai se isolando politicamente cada vez mais, ele, no entanto, ainda reúne um expressivo contingente de apoio, que oscila em torno de 30%, um setor político disposto a tomar as ruas, de forma agressiva, belicosa, em defesa do governo como assistimos no fim de semana passado.

Os movimentos de Bolsonaro indicam, claramente, uma aposta na direção do autoritarismo para intimidar e brecar principalmente a oposição de esquerda e, secundariamente, lideranças da velha direita neoliberal.

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O governo da extrema-direita, que sabotou o combate à pandemia, provocando a morte de milhares de pessoas, precisa ser contido com a força da mobilização dos trabalhadores e do povo. Uma primeira questão se coloca para a esquerda e os movimentos sociais e sindicais: Disputar as ruas, não permitindo uma ocupação dos territórios de mobilização social somente pelos bolsonaristas.

Os partidos e as lideranças de esquerda, que corretamente defendem o isolamento social, estão chamados a debater formas de mobilização popular, como atos e concentrações de rua nas próximas semanas.

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O momento é grave, exige uma ação mais vigorosa contra o projeto de ditadura de Bolsonaro. As ruas, como no vizinho Paraguai, serão os espaços decisivos da batalha em defesa da vida e do combate político pelo fim do governo genocida.

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