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Antônio Carlos Silva

Coordenador da Corrente Sindical Nacional Causa Operária – Educadores em Luta e membro da direção nacional do PCO. Professor da rede pública do Estado de São Paulo.

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Dia 7 de setembro: no Anhangabaú, tomar as ruas contra a ditadura de Bolsonaro e Doria

A tarefa, agora, é impulsionar a mobilização, contra as duas alas da direita golpista. Fascistas, inimigos do povo e defensores do interesses do imperialismo

(Foto: Mídia NINJA)
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Por Antônio Carlos Silva, Diário Causa Operária

Na última semana, o governador paulista, João Doria (PSDB), anunciou – sem qualquer  amparo legal – que iria proibir a realização de protestos da esquerda no dia 7 de setembro.

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Isso, depois de entregar a Avenida Paulista para os bolsonaristas realizarem manifestação em favor do golpe militar, deixando claro que o principal inimigo do tucano é o povo trabalhador organizado e que luta contra o regime de escravidão que o PSDB e toda a direita, unida a Bolsonaro, impõem ao povo brasileiro, de forma ainda mais acentuada, desde que armaram e realizarmo-nos o golpe de Estado de 2016, com a derrubada da President Dilma Rousseff.

O governador – que se elegeu em “dobradinha” com o candidato da fraude, Jair Bolsonaro, como “BolsoDoria” – quer impor que a esquerda, as organizações dos trabalhadores, da juventude, nos negros, das mulheres, enfim dos mais diversos setores explorados, não possam se manifestar no dia 7 de setembro em nenhum lugar do Estado de São Paulo.

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Dessa forma, que “limpar as ruas” para que Bolsonaro e toda a onda de reacionário que o apoia, possa desfilar livremente.

Doria  – o farsante – e seu PSDB, que finge fazer oposição a Bolsonaro, mas votam unidos tudo que seja contra o povo trabalhador, gostaria, inclusive, de decidir que dia os verdadeiros opositores do golpe de Bolsonaro podem sair às ruas. Assim, anunciou uma data que já foi “reservada” pelos seus amigos do ultra reacionário MBL (Movimento Brasil Livre), que apoiou Doria e Bolsonaro nas eleições de 2018, como estando reservada para “protestar” contra Bolsonaro, mas a favor de suas medidas de ataque aos trabalhadores, como as “reformas” e privatizações.

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A decisão evidencia que longe de ser um obstáculo à ditadura que Bolsonaro e seus milicos querem impor – como querem fazer crer certos setores da esquerda pequeno burguesa – Doria e sua frente ampla apenas disputam o comando da ditadura, mas comungam da mesma política, como já ficou demonstrado à exaustão em outros episódios e acontecimentos decisivos em que essa direita tradicional se juntou a Bolsonaro para derrotar os trabalhadores.

O episódio confirma o acerto da luta contra a política de frente ampla e pela derrota da tentativa desses setores se infiltrarem nos atos da esquerda, para – de fato – apoiarem Bolsonaro.

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Fica claro também o caráter covarde e reacionário da política de setores da esquerda, como o deputado Marcelo Freixo, ex-estrela do PSOL e hoje no PSB, que defendeu que a esquerda não saia às ruas no dia 7 de setembro, mostrando a sua “coragem de ser covarde”, tão ao gosto de Doria e da “terceira via” que, de fato, defendem juntos.

Está 100% comprovado que a chamada terceira via não serve absolutamente de nada quando se trata de defender os direitos democráticos do povo e seus interesses contra os golpistas, e que partidos e políticos da direita tradicional, como o PSDB e seus aliados, não defendem democracia nenhuma. São, acima de tudo, defensores do regime golpista – que edificaram -, que capitulam sistematicamente diante de Bolsonaro e atuam em sintonia com ele quando se trata de atacar o povo, os interesses nacionais e defender os interesses do grande capital “nacional” e imperialista.

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Acertadamente, depois de reunião em que participamos, o Movimento Fora Bolsonaro decidiu que o ato seria no Anhangabaú, independentemente da vontade do governo, no dia 25, e no dia 26, representantes do movimento anunciaram em entrevista coletiva , na sede do Sindicato dos Bancários de São Paulo, a decisão adotada e que essa não seria revista, uma que o governo, que não tem autoridade para vetar manifestação nenhuma, o que inclusive contraria a própria Constituição Federal.

A tarefa, agora, é impulsionar a mobilização contra a ditadura de Bolsonaro e de João Doria. Ambos representam dois lados da mesma moeda. Fascistas, inimigos do povo e defensores da ditadura. 

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A situação comprova, uma vez mais, o quanto a esquerda precisa se desvincular da direita disfarçada de “centro” político, do principal setor da burguesia, e ir no sentido contrário do que vêm fazendo grupos como PCdoB e PSOL, que defendem a frente ampla com essa direita golpista. A aliança com a burguesia apenas fortalece Bolsonaro e torna toda esquerda um alvo fácil para os golpistas.

Isso é ainda mais necessário quando os setores da burguesia ligados a Doria tentam um golpe em 2022 para derrotar Lula e Bolsonaro, esmagando a esquerda e colocando o principal setor da burguesia golpista no governo.

A mobilização precisa ser tanto contra Bolsonaro quanto contra Doria. A esquerda precisa sair às ruas agora, mobilizar e garantir que a briga não seja entre PSDB e Bolsonaro, mas entre Lula, de um lado, e Bolsonaro, Doria e todos os golpistas, de outro; isto é, entre os trabalhadores e o regime golpista de conjunto.

Esta é a função principal dos atos do dia 7 de setembro, que a “terceira via” quer evitar.

É preciso arregaçar as mangas e passar a uma ampla convocação dos trabalhadores e da juventude, nos locais de trabalho, estudo e moradia, principalmente, nos bairros operários e locais de grande concentração.

Realizar uma intensa atividade com milhões de panfletos, dezenas de milhares de cartazes, carros de som  e tudo mais que for preciso para lotar o Anhangabaú. Da mesma forma, é preciso realizar essa agitação em todas as capitais e realizar andes atos que evidencia a disposição de luta dos setores mais organizados da classe trabalhadora e de todos os explorados, nas ruas, única forma de derrotar a terceira etapa do golpe que eles querem impor.

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