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“Dia do fico” em três estados do Nordeste

Três importantes decisões de ficar no governo foram anunciadas na última sexta-feira, todas em estados do Nordeste: no Ceará, no Maranhão e em Sergipe

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Três importantes decisões de ficar no governo foram anunciadas na última sexta-feira (4), todas em estados do Nordeste. No Ceará, o governador Cid Gomes (PROS) definiu-se pela permanência no cargo. A consequência direta é que seu irmão Ciro Gomes, do mesmo partido, que considerava candidatar-se a senador numa chapa de composição com PMDB e PT, agora não pode mais ser candidato a cargo eletivo algum, devido à norma legal que determina a inelegibilidade dos parentes próximos do governador. Até alguns dias antes, parecia bem encaminhada a chapa de ampla aliança, com o senador Eunício Oliveira (PMDB) para o governo estadual, o PT com o vice e Ciro, pelo PROS, na disputa pelo Senado. Houve reunião com a presença de Eunício, Cid e Ciro. Não conclusiva, mas indicativa. Agora, com a permanência de Cid no governo, essa chapa de união entrou para o terreno duvidoso.

Eunício Oliveira, pelas pesquisas, é o franco favorito para o Palácio da Abolição, e teria sua vantagem consolidada de vez com a chapa ampla. Mesmo sem ela, Eunício permanece bem à frente. Mas agora a situação do PROS fica indefinida, pois o partido não tem outro nome à altura de Ciro para disputar o Senado. E o "fico" de Cid Gomes deixou um espaço aberto na disputa pela vaga cearense na Câmara Alta, na qual está de olho o cacique tucano Tasso Jereissati, que vê a chance de recuperar-se agora em 2014 da derrota sofrida em 2010. Ele provavelmente terá pela frente José Guimarães, ex-líder da bancada do PT na Câmara dos Deputados, em Brasília.

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No Maranhão, a oligarquia Sarney ruma às eleições de outubro numa situação não muito melhor que a do boi que, sem alternativa, segue ao matadouro. Sem condição política para controlar a própria sucessão na Assembleia Legislativa, a governadora Roseana Sarney resignou-se a ficar no governo, desistindo portanto de concorrer ao Senado. E, ato contínuo, veio a segunda resignação: o candidatos dos Sarney à própria sucessão no governo maranhense, o deputado estadual e ex-secretário de Infraestrutura Luís Fernando Silva - que há décadas goza da confiança e trabalha com a família Sarney – também renunciou à candidatura. Ele vinha patinando nas intenções de voto, e já havia sido desenganado pelos institutos de pesquisa, inclusive pelo cientista político e marqueteiro eleitoral Antônio Lavareda.

Em lugar de Luís Fernando, os Sarney escalaram o senador Edison Lobão Filho, que como suplente exerce o mandato do pai, o ministro das Minas e Energia Edison Lobão. É uma tentativa de alterar o jogo mexebndo nas peças, pois o quadro no Maranhão mostra-se cada vez mais favorável ao candidato de oposição, o ex-juiz, ex-deputado federal e ex-presidente da Embratur Flávio Dino, do PCdoB. Ele forjou uma ampla aliança, que abrange do vetusto e conservador PSDB ao SDD do progressista deputado Domingos Dutra, passando pelo PSB do presidenciável Eduardo Campos. E lidera com conforto as pesquisas de intenção de voto. Sentindo-se na iminência da derrota, a família Sarney cogitou até mesmo compor com Dino, admitiu apoiá-lo, mediante a improvisação de uma ampla frente maranhense de bandeira dilmista. Mas o candidato comunista rechaçou a proposta, e segue firme com sua pregação eleitoral anti-Sarney. Para o Senado, o candidato do campo dos Sarney deve ser o deputado federal e ex-ministro do Turismo Gastão Vieira, que deverá enfrentar o vice-prefeito de São Luís, Roberto Rocha (PSB).

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Em Sergipe, o prefeito de Aracaju, ex-governador João Alves Filho, resolveu manter-se na prefeitura e desistir da aventura de uma nova candidatura ao governo estadual. Ele vinha liderando as pesquisas de opinião, mas por pequena diferença. Alves teria pela frente o governador Jackson Barreto, vice do falecido Marcelo Déda (PT) e candidato à reeleição com apoio de forte coligação partidária, que inclui os petistas. E com a nada desprezível margem de manobra de poder operar a administração pública.

Com a desistência, o espólio eleitoral de João Alves Filho passa a ser disputado pelos demais candidatos – o próprio Jackson Barreto, o social cristão Eduardo Amorim, candidato mais à direita, e o senador socialista Antônio Carlos Valadares, encarregado de desfraldar a bandeira de Eduardo Campos em território sergipano. E desenha-se uma briga acirrada pela vaga no Senado. A senadora Maria do Carmo Alves, esposa do prefeito de Aracaju, tem sua pré-candidatura reafirmada. E vai enfrentar o deputado federal petista Rogério Carvalho, que parte para a luta pela vaga que, não fosse o câncer, seria com certeza do brilhante e saudoso ex-governador Marcelo Déda (PT).

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