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Adilson Roberto Gonçalves

Pesquisador científico em Campinas-SP

181 artigos

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Difíceis escolhas jornalísticas

Não admitem Lula como opção segura para restaurar a democracia republicana no país, querem fugir da pecha de terem apoiado o golpe de 2016 que culminou no ogro que ocupa o Palácio do Planalto e sonham com uma terceira via que já faz água, por congregar tudo de também podre que a política possui

Folha de S.Paulo (Foto: Divulgação)
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Adilson Roberto Gonçalves

A reflexão começa com Deltan Dallagnol e Sergio Moro fazendo movimentos eleitorais e a mídia dizendo que agora entram para a política como se algum dia estivessem fora dela. Isso se associa à falta da verdade. Onde está o compromisso com a verdade, quando não são citados os governos petistas de Lula e Dilma coincidentes com os períodos em que houve queda na desigualdade de renda? Isso mostra que o jornal (especificamente a Folha) possui lado e não é o da verdade jornalística. Ou será que a culpa é somente dos jornalistas que assinam a matéria?

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Jornalões em sua difícil sina de escolhas por uma terceira via que não existe, carregam ainda a falta de autocrítica – somente altas críticas para outros – e aquela Folha que até possui um ombudsman revela que ele parece estar trabalhando como se fosse do concorrente Estadão pela crítica ao novo formato do impresso.

Não admitem Lula como opção segura para restaurar a democracia republicana no país, querem fugir da pecha de terem apoiado o golpe de 2016 que culminou no ogro que ocupa o Palácio do Planalto e sonham com uma terceira via que já faz água, por congregar tudo de também podre que a política possui. Nomes do Centrão ou explicitamente à direita como Rodrigo Pacheco, Datena, Luciano Huck, vão servindo de balão de ensaio. Bonequinhos de luxo, feito João Dória ou Sérgio Moro, carregam muitos crimes nas costas, o principal é terem sido umbilicalmente ligados ao despresidente. Ciro Gomes, esse nem pensar, devido talvez ao trânsito que já teve na esquerda e sua incontida verborragia. Agora com a votação da PEC dos precatórios pode ser uma forma de sair ‘honrosamente’ da disputa presidencial.

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Tal busca nebulosa fica clara quando o Estadão faz editorial denunciando a perigosa permanência do lavajatismo, mas não publica carta sobre o assunto, nem na versão online do jornal. Além da proposta de um Ministério Público acima da lei, não se pode, no afã da busca de uma suposta terceira via na sucessão presidencial, adotar como representante um grupo comprovadamente criminoso. Isso está explícito na filiação de Sérgio Moro ao Podemos. Um ex-juiz que, apesar de agora afastado da magistratura e do grupo do MP com o qual fazia conluios, literalmente vendeu sua alma ao diabo, mesmo na visão de um ateu como eu. A política, tanto à direita quanto à esquerda, possui quadros que podem resgatar a democracia, não necessitando de falsos mitos.

Especificamente em relação a Ciro Gomes, até dão espaço para suas digressões. No entanto, o ainda candidato se esquece de que antes da economia vem a política, contrário ao que defendeu em artigo recente. Não adianta fazer prognósticos do passado quando o futuro requer que baixe o topete para se apresentar como candidato viável aos eleitores. Há muitos que traíram a economia para se segurar no poder, o exemplo do despresidente atual é dos mais significativos, mas o Plano Real não foi muito diferente disso, ainda que o sucesso seja inegável. Ciro tem boa lábia e conhece muito, mas faltam-lhe humildade e carisma para chegar onde aparentemente quer.

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Ainda que a mídia tenha se esmerado em defender a ciência, não há comprovação científica para a existência de um cérebro presidencial. Assim, antes do questionamento que faz Hélio Schwartsman, há que se perguntar se animais possuem inteligência. Isso porque humano o despresidente não é. Quanto a suas estratégias, não duvido se nesses lampejos de um par de sinapses não estiver a possibilidade de renúncia, com acordão para a suspensão de processos por noves meses, para que possa concorrer a deputado de baixo clero, posição da qual nunca saiu. Tal hipótese sequer foi aventada pela ‘grande’ mídia em declínio. Da mesma forma que não pensou em avaliar a suposta numerologia envolvida na criação da chamada União Brasil. A dúvida começa pelo número adotado pela legenda não ser a soma simples do que ambas as legendas possuem hoje (DEM = 25 e PSL = 17). Isso porque 42 é a resposta para “a vida, o universo e tudo o mais”, bem o sabemos. E a UB está muito longe disso.

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