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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Dinheiro dos laranjas irrigou campanha de Bolsonaro?

"O que a Polícia Federal tem que investigar, se tiver carta branca é: 1) qual é a verdadeira extensão do escândalo? e 2) se o dinheiro do fundo partidário não foi gasto em gráficas, aonde foi parar? Terá irrigado a campanha presidencial?", questiona o jornalista Alex Solnik, do Jornalistas pela Democracia, sobre o escândalo das candidaturas laranjas do PSL, que será investigado pela Polícia Federal; "É uma dúvida pertinente, já que Bebbiano era o coordenador nacional da campanha de Bolsonaro e responsável pelos repasses"

Dinheiro dos laranjas irrigou campanha de Bolsonaro? (Foto: Esq.: Marcelo Camargo - ABR / Dir.: Divulgação)
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Por Alex Solnik, para o Jornalistas pela Democracia - Ao morder Bebbiano, o ministro das laranjas, taxando-o de mentiroso em praça pública, o filho-pitbull deixou o pai numa sinuca de bico. O duelo está marcado para hoje. Bebbiano diz que não se demite e vai se encontrar com o presidente logo mais. A metralhadora está com Bolsonaro.

Se o capitão abate o ministro, preserva o seu discurso de combate à corrupção, mas corre o risco de ganhar um desafeto poderoso, que tem a caixa-preta da campanha presidencial. Bebbiano pode sair atirando. E tem bala na agulha.

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Se não o demite, fragiliza sua posição de defensor da ética e da moralidade e coloca todo o PSL no balaio das laranjas.

Agora, se Bebbiano não for demitido nem se demitir, será o primeiro pato manco do governo, porque a investigação da Polícia Federal já começou e será uma espada de Dâmocles sobre a sua cabeça enquanto continuar no Planalto.

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Impressiona a semelhança entre os esquemas de rachadinhas na Alerj e das candidatas-laranja do PSL em Minas Gerais e Pernambuco, embora tenham acontecido em outras épocas e a quilômetros de distância.

O princípio é o mesmo: eu te dou uma grana, você não precisa fazer nada e depois me devolve a maior parte. Não tem outra forma mais fácil de ganhar um extra sem fazer força.

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No caso carioca, funcionários do então deputado estadual Flávio Bolsonaro depositavam valores na conta de outro funcionário do gabinete, mas funcionário máster: o ex-PM e segurança do deputado – o já célebre Fabrício Queiróz. Da conta dele esse dinheiro também saía rapidamente, mas não se conhece o beneficiário até agora.

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No caso de Minas Gerais e de Pernambuco, assessores ou pessoas de confiança de dirigentes do PSL receberam verbas do fundo partidário para supostamente se candidatarem, contanto que as gastassem em gráficas apontadas pelos chefes. Mas o dinheiro não foi gasto nas gráficas. Seu destino final permanece oculto.

O que a Polícia Federal tem que investigar, se tiver carta branca é: 1) qual é a verdadeira extensão do escândalo? e 2) se o dinheiro do fundo partidário não foi gasto em gráficas, aonde foi parar?

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Terá irrigado a campanha presidencial? É uma dúvida pertinente, já que Bebbiano era o coordenador nacional da campanha de Bolsonaro e responsável pelos repasses.

Oficialmente, Bolsonaro recebeu R$ 900 mil, enquanto Luciano Bivar, candidato a deputado federal, ficou com o dobro: R$1,8 milhão.

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Como Bolsonaro já demonstrou fartamente que não rasga dinheiro é difícil acreditar que tenha aceito pacificamente essa desproporcionalidade acachapante.

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