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      Bia Willcox

      Empresária que escreve sobre relações de afeto, editora que fez Direito na UERJ, professora que dá palestras, mãe que produz conteúdos

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      Dinheiro, Poder ou Sexo? Ou três em um?

      Sim, amor e sexo (leia-se relacionamentos) representam hoje boa parte das aspirações humanas, sendo incrivelmente poderosos e fortes motivadores do subconsciente

      Dia desses um amigo inteligente e sensível me afirmou que tudo na vida tem um só objetivo final: sexo.

      Simbolicamente falando, sexo seria a razão pela qual as pessoas querem poder e dinheiro. E, indo além, tudo o que as pessoas venham a adquirir com o vil metal, será para ter mais poder. Beleza! E assim...sexo!

      No mundo ficcional, não tenho dúvidas de que Tony Montana (Scarface, 1983) concordaria com o meu amigo: "Primeiro você ganha dinheiro, depois poder e aí você ganha as mulheres".

      Sim, amor e sexo (leia-se relacionamentos) representam hoje boa parte das aspirações humanas, sendo incrivelmente poderosos e fortes motivadores do subconsciente.

      O desejo de poder é bastante óbvio - é instintivo, primevo, e está na essência da nossa identidade. O homem primata lutava pra manter o poder cada vez que saía da caverna para caçar. Poder tem a ver com impulso, ambição e confiança.

      O dinheiro, visto como valor de troca, como as possessões materiais adquiridas, bem como entretenimento, conforto e bem estar, também é um instinto que podemos pensar como primitivo.

      Numa perspectiva adleriana (Alfred Adler se referia ao poder como a a grande motivação humana, muitas vezes disfarçado de sexualidade), as pessoas ao nascerem, se deparam com o meio onde vão crescer e se formar. Eis, então, que desenvolvem um complexo de inferioridade em relação à sociedade que as cerca, sentindo ciúme, raiva e outras fraquezas absolutamente humanas.

      Para compensar esse sentimento, elas buscam o poder, através da competição, inserindo-se num mundo arisco e agressivo, muitas vezes.

      A teoria de Adler sobre a motivação pelo poder faz sentido. O homem precisa se afirmar o tempo todo e é através da vitória sobre outros que ele combate sentimentos inferiores e frustrações.

      Sendo assim, o fruto de tanta competitividade na sociedade está na própria natureza humana e não nos sistemas sociais perversos ou nas desigualdades adjacentes? Então o desejo de poder é impulso, instinto que acomete diferentemente as diversas combinações de DNA humanos? E Freud tinha razão, então, e esse complexo de inferioridade que gera a busca frenética por poder é só um argumento inconsciente para ter mais e melhor sexo?

      Poder gera admiração.

      Admiração gera paixão. Paixão é sexo.

      O poder pode ser absoluto ou relativo. Permanente ou provisório.

      O poder pecuniário é relativo, apesar de evidências em contrário.

      O poder do saber é perene e inquestionável.

      O poder do saber pode levar ao dinheiro.

      Dinheiro pode comprar saber. Logo compra o melhor poder.

      Concluindo, dinheiro compra sexo. Sim, tudo leva, mesmo conscientemente, ao sexo.

      Então fico com meu amigo. E Tony Montana tinha razão.

      Dinheiro compra poder. Dinheiro compra sexo.

      * Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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