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Direito de resposta de jornalista em função de comentários no site...

Até nesse aspecto o 247 inovou. Ele dá ao jornalista o direito de resposta. Trata-se de uma revolução na mídia brasileira onde quem escreve é sempre o dono da verdade

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Não conseguiria esperar até segunda-feira para dar a resposta aos comentaristas do 247 que me acusam de erro factual na identificação do vice-presidente da Câmara, André Vargas, a quem atribui filiação política errada. É PT de carteirinha. Eu escrevi que era PR. 

Confesso que errei. Troquei o estado de origem do nobre deputado, o Paraná, donde PR, pelo seu registro partidário. Há um ditado que diz que errar é humano. Já persistir no erro não seria. 

Errei, mas quantos jornalistas tarimbados não cometem eventualmente erros factuais? 

Eu diria que todos os que militam na mídia há, digamos, dez anos. E não só no Brasil. No mundo. 

Errei, mas tenho algumas justificativas objetivas que gostaria de apresentar aos senhores comentaristas, além de outras, digamos, circunstanciais. Comecemos por estas. 

Quando o Leonardo Attuch, num encontro casual, me indagou o que eu estava fazendo, respondi: nada, passo os dias coçando na minha magnífica "dacha" em Indaiatuba, cidade que tem a fama de só abrigar milionários, especialmente jogadores de polo à cavalo e mais modernamente, jogadores de rugby "seven", modalidade olímpica a partir de 2017.

Attuch então me perguntou: por que você não escreve para o 247 ? 

Foi como se uma luz me iluminasse, um raio de sol dirigido especialmente a mim. Exclusivo. Sobre qual assunto, indaguei? Qualquer coisa, responde o Leo..

Como, qualquer coisa? O 247 me parecia um site eminentemente político. E, se existe algo que eu detestaria ter de voltar a fazer era escrever sobre política e políticos em geral, aí compreendidos os chamados jornalistas especializados. 

Só para testar se era verdade o que o Attuch me propunha, eu disse: que tal eu escrever sobre futebol? 

Ele retrucou: tudo bem, então escreve sobre futebol. 

Ele, um intuitivo, talvez soubesse que, escrevendo sobre futebol - eu estaria indiretamente trabalhando sobre temas políticos.

Tanto é verdade que o assunto do sábado nas páginas políticas  é a campanha publicitária que o governo vai fazer em cima do Mundial. 

Esse, mais a declaração do Pelé de que o povo brasileiro deve abraçar a Copa com entusiasmo, sugar ao máximo o que os estrangeiros nos trouxerem de experiência de vida, de euros e de dólares.  A Copa segundo o Rei, deve ser vista como uma festa. 

E ele sugere: aproveitem a festa. Depois, se for o caso, quebrem tudo. 

Se eu estivesse aqui escrevendo sobre futebol, estaria fatalmente comentando essas declarações. E já que se trata de futebol eu tomo emprestada uma declaração atribuída ao Romário  sobre a proposta do Pelé: "Ele, de boca fechada, é um poeta". 
 
Romario, colega aliás do tal André Vargas, tem se destacado como autor de projetos importantes ou pelo menos tem feito pronunciamentos corajosos, contra algumas intervenções da  CBF e da FIFA na organização do Mundial.

E olhem que não é fácil se destacar no meio daquelas 500 e tantas "excelências" 

O André Vargas, por exemplo, mesmo chegando à vice-presidente da Casa tem dificuldades para sair do anonimato. 

Cruzei outro dia na Câmara com um cavalheiro de porte graúdo e alguém, ao meu lado me disse: olha ai, o André Vargas? Quem? O André o que?  

E a pessoa que estava comigo, conhecedora das minúcias de alguns frequentadores da casa, me deu a ficha: É  paranaense, de Maringá, parece...

 
  
Sintomático esse parece. 

 Afinal são 500 e e não sei quantas "excelências" amontoadas ali. 

Divididos em quantos partidos? Doze, 18, 32 ? 

Só na chamada base governista tem, no mínimo dez. Ou estou calculando por baixo? Isso. de certa maneira, até justificaria a troca de siglas no meu texto original. 
 
Acho que nenhum ser humano, nem o Paulo Maluf com sua memória prodigiosa e treinada, conseguiria lembrar-se do nome de todas aquelas  excelências. 

Já vou adiantando que escrevi sim, um livro sobre o citado, muito divertido em geral, porque mostra a visão que o Maluf tem dele mesmo. É interessante. 

A capa e o título foram escolhidos pelo Duda Mendonça. O título é bem malufiano: "Ele". Vendeu mais de 8 mil exemplares, um sucesso no empobrecido mercado editorial brasileiro. 

Se encontrarem em algum sebo, comprem. Tem revelações ótimas sobre um "tipo inesquecível", aquela seção do velho Readers Digest, 

Mas voltando ao nosso tema, se fossem 150 ou 200 os representantes do povo brasileiro na Câmara já estava de bom tamanho. Agora, 500 e tanto é muita excelência. Um exagero. Sim, sem falar no Senado. 

Esse eu conheço melhor. Trabalhei lá vários anos. Cheguei a ser assessor de imprensa da bancada do PT no Senado -  isso mesmo do PT, durante um ano, e ainda hoje carrego uma mágoa profunda. 

Nunca consegui receber um bom dia acompanhado de um sorriso, um como vai ? amistoso,  enfim um gesto de simpatia do então senador Mercadante, hoje o todo poderoso Ministro Chefe da Casa Civil. 

Sempre que nos cruzávamos, o senador arrastando aquele manto de superioridade (eu imaginava que aquilo fosse um hábito exclusivo dos tucanos), subia nos tamancos e  me cumprimentava secamente. Não sei os motivos. 

O Senado Federal, conhecendo as mumunhas internas de perto, posso concluir: é a instituição republicana mais inútil deste país. E uma das mais caras. 

Quanto à Câmara, seria saudável uma reforma política de verdade - que nunca será feita, é claro - implantando no país o sistema unicameral e reduzindo drasticamente o número de excelências. 

Isso evitaria aquele empurra-empurra, cotoveladas, chega pra lá, diante do microfone durante as sessões só para aparecer na TV, como se alguém estivesse ligado no Canal Câmara.  

E  uma reforma física daria mais largueza e um ar mais decente ao chamado Anexo 4,  transformado num aglomerado de cubículos, uma espécie de vespeiro, onde se amontoam dúzias de comissionados e algumas secretárias interessantes. 
 
Aí eu duvido que um jornalista tarimbado como eu pudesse ignorar o senhor André Vargas,  vice-presidente da Câmara. 

Inclusive ele poderia aparecer mais no noticiário do Legislativo. Ter o espaço que seu cargo merece ou mesmo exige. 

É claro, precisaria ter alguma ideia ou proposta interessante para transformar em projeto.

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