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Hélio Rodrigues

Vereador de São Paulo pelo PT e presidente do diretório municipal do partido na cidade

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Direitos das mulheres: uma luta coletiva por igualdade e justiça

O 8 de março é um dia de luta, denúncia e resistência

Direitos das mulheres: uma luta coletiva por igualdade e justiça (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil)

Os direitos das mulheres são direitos humanos — parece óbvio, mas a realidade insiste em nos mostrar o contrário. Apesar de avanços legais e transformações culturais conquistadas ao longo do último século, a vida das mulheres segue marcada por violências e desigualdades. O feminicídio, a violência sexual, o abandono afetivo e material de filhos, a sobrecarga com jornadas múltiplas, a disparidade salarial e o assédio sexual e moral continuam sendo parte do cotidiano de milhões de mulheres no Brasil e em São Paulo.

Por isso, o 8 de março é um dia de luta, denúncia e resistência. E cabe a nós, homens, reconhecer nosso papel nessa transformação, atuando como aliados para desconstruir a cultura machista e criar relações baseadas no respeito e na igualdade. Só haverá mudança real quando formos capazes de educar meninos e homens para se comprometerem com a construção de uma sociedade livre de violências, onde os homens não apenas apoiem, mas estejam lado a lado com as mulheres na busca por justiça.

Pensar a cidade de São Paulo a partir da perspectiva das mulheres é urgente e essencial. O poder público, especialmente o executivo, precisa ter compromisso com as políticas de cuidado e colocar as mulheres no centro do planejamento estratégico para construir uma cidade que não reproduza violências nem amplie as exclusões. São as mulheres, com sua força e voz, que revelam como a maior cidade do país tem tratado (ou negligenciado) pautas fundamentais como saúde, moradia, educação, mobilidade, combate às violências, promoção de direitos e acesso ao trabalho.

A busca por autonomia, igualdade no mundo do trabalho, educação inclusiva e não sexista, acesso à saúde integral, garantia de direitos sexuais e reprodutivos e o enfrentamento à violência exigem um pacto social. Não haverá transformação sem que os homens reconheçam seus privilégios e atuem ativamente para romper com as estruturas que perpetuam desigualdades históricas.

As políticas públicas também precisam considerar as diferenças de raça, etnia, classe social e as múltiplas realidades dos territórios, promovendo assim a igualdade de direitos e a cidadania plena para todas as mulheres.

Viva as mulheres que lutam e participam da vida política na cidade de São Paulo! Sem elas, não há democracia, não há justiça social, não há futuro possível.

Hélio Rodrigues, vereador de São Paulo (PT), autor da Lei 18.071/2024 – Lei do Laço Branco, de mobilização dos homens pelo fim da violência contra as mulheres

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.