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Enio Verri

Deputado federal pelo PT-PR

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Diretas Já

A nação é convocada a lutar, novamente, por eleições gerais diretas já. Isso é o resultado do golpe de 2016. O Brasil, como observa a imprensa internacional, é um país à deriva, política e economicamente

diretas (Foto: Enio Verri)
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A truculenta história da formação social brasileira não permitiu nem 30 anos de um convívio democrático capenga e mundialmente conhecido pela sua desigualdade. Haja vista a exclusão do País, do Mapa da Fome, somente em 2012. Agora a nação é convocada a lutar, novamente, por eleições gerais diretas já. Isso é o resultado do golpe de 2016. O Brasil, como observa a imprensa internacional, é um país à deriva, política e economicamente.

Somente eleições diretas podem reconciliar a nação, em todos os níveis dos dois poderes e a convocação de uma Constituinte cidadã. Para tanto é necessário aprovar a PEC 227/2016, do deputado Miro Teixeira. Porém, somente as ruas têm condições de pressionar para que ela saia da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Dentro do Congresso Nacional, os que defendem o golpe e as reformas da Previdência e trabalhista são maioria e sabotam a tramitação da PEC. Será difícil ela chegar ao Plenário, antes de mais um golpe dentro do golpe.

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PSDB, DEM, PP, entre outros aliados de Temer, defendem eleições indiretas. Ou seja, que o substituto desse governo fraudulento seja escolhido apenas pelos deputados e senadores, cuja maioria está envolvida nas investigações que tentam parar. Até o momento, os tucanos estão em melhores condições de voltarem à Presidência da República. Invocam o Artigo 81 da Constituição Federal com o argumento de ser a garantia democrática e acusam a PEC de casuística.

É curioso o grupo invocar a Constituição Federal que rasgou, em 2016, para legitimar uma tranquila transição entre seus personagens. A proposta de Teixeira é de junho daquele ano. Casuísmo é quando o PSDB está às grades da prisão, ministro supremo sugerir revogar decisão de condenação em segunda instância, instituída em fevereiro de 2016. O mesmo que desautorizou a abertura de inquérito investigativo contra um tucano, pedido pela Procuradoria Geral da República (PGR), um dia depois de autorizar. O mesmo que proibiu a Polícia Federal de "surpreender" um tucano.

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A suspensão das garantias constitucionais alcança não apenas PT e Lula, ela diz respeito a toda população, principalmente aos mais pobres, cuja defesa de seus direitos está a cargo de uma sobrecarregada e mal equipada Defensoria Pública. Assim como foi Lula, qualquer pessoa pode ser conduzida coercitivamente, sem ter feito absolutamente nada para sofrer a sanção. A subjetividade na interpretação das leis é uma realidade natural. O problema é quando o Judiciário tem partido.

Vive-se um raro momento histórico do Brasil. De uma forma geral, a nação está letárgica. Uns, por não alcançarem as condições políticas para mobilizar a sua família, sua rua, seu bairro, a escola de seus filhos, os colegas de trabalho, enfim. Outros, por regozijo de alcançar o objetivo mor, o de tirar o PT do governo. A isso se dá o nome de ódio de classe. Apesar de todas as condições cognitivas, se alia a quem destrói o pouco de civilidade, construído nos últimos 100 anos, que entrega as empresas e as ricas terras brasileiras a interesses financeiros internacionais.

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Parlamentares em suas bases, prefeitos e governadores devem ser cobrados publicamente, com registro nas redes sociais. Devem ser provocados a responder sobre o que pensam das reformas propostas, as condições de Temer e a realização de eleições gerais diretas. A população não pode deixar seu poder ser sequestrado por quem não sabe responder à responsabilidade de um mandato outorgado pelo voto direto. Buscar saber quem nos sabota é uma das condições para a mudança.

A outra é, onde estiver, diariamente, exigir eleições gerais diretas. Centrais sindicais, movimentos sociais do campo e da cidade, bem como instituições empresariais e religiosas contrárias ao golpe têm a melhor oportunidade de mobilizar a população. A rua, um dos cenários da atuação, numa permanente escola de formação política da população. As eleições diretas só podem nascer das ruas e os interessados no golpe não vão esperar para instituir eleições indiretas. O momento é já.

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