Dizer que Lula está inelegível é fake news
"A insistência com que alguns órgãos da imprensa repetem que "Lula está inelegível" no rodapé de cada notícia a seu respeito não é uma notícia, é um wishfull thinking. É fake news. É mau jornalismo. É colocar a carroça na frente dos bois. É ignorar que contra toda acusação cabe recurso. Esse é o princípio do Direito adotado no mundo civilizado. Lula só será inelegível quando o processo da sua inelegibilidade chegar ao fim. No fim do último recurso. Está apenas no começo", escreve o colunista Alex Solnik
A insistência com que alguns órgãos da imprensa repetem que "Lula está inelegível" no rodapé de cada notícia a seu respeito não é uma notícia, é um wishfull thinking. É fake news. É mau jornalismo. É colocar a carroça na frente dos bois. É ignorar que contra toda acusação cabe recurso. Esse é o princípio do Direito adotado no mundo civilizado. Lula só será inelegível quando o processo da sua inelegibilidade chegar ao fim. No fim do último recurso. Está apenas no começo.
Até agora o que aconteceu foi: Lula protocolou o registro da sua candidatura, que foi contestado por 16 pessoas ou entidades; sua defesa tem até 31 de agosto para entregar seus argumentos contra a impugnação; depois correm outros prazos, referentes a coleta de provas, oitiva de testemunhas, alegações finais dos acusadores e só então virá a decisão do relator Luís Roberto Barroso, que certamente a submeterá ao plenário do TSE.
Ocorrido o julgamento, supondo que Lula ganhe, ele recebe liminar para poder concorrer, ganha a eleição, toma posse e sai da prisão porque seu processo será suspenso a partir dessa data, como manda a constituição.
Supondo que Lula perca, sua defesa vai recorrer ao STJ e ao STF. Enquanto o trâmite continuar e os prazos forem respeitados, Lula continuará elegível por muito tempo. Não se sabe até quando. Mas com certeza ao menos até 17 de setembro.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
iBest: 247 é o melhor canal de política do Brasil no voto popular
Assine o 247, apoie por Pix, inscreva-se na TV 247, no canal Cortes 247 e assista: