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Ricardo Mezavila

Escritor, Pós-graduado em Ciência Política, com atuação nos movimentos sociais no Rio de Janeiro.

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Do jeito que os fascistas gostam

Vivemos o racismo institucional que vigia, persegue e extermina a festa onde dançam o preto e o branco pobre, mas que tolera as raves onde "a noite vai ser boa, de tudo vai rolar', em boates frequentadas por jovens da classe média e alta. O massacre de Paraisópolis é mais um para ilustrar o déficit de humanidade que se espalhou pelo país desde a eleição de um miliciano representante do fascismo.

(Foto: @lucasport01 / Jornalista Livres)
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Vivemos tempos sombrios onde a banalização contra tudo o que significa civilização está internalizada e, como mostraram os policiais militares do Estado de São Paulo, materializada.

Meninos e meninas pobres da Comunidade de Paraisópolis foram tratados como o gado que é empurrado para o matadouro. Encurralados em um beco, foram barbarizados pelo Estado que deveria protege-los.

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Nove mortos de maneira desumana e desalmada; nove jovens caíram porque divertiam-se em uma das raras formas de diversão como já foram o Jongo e a Capoeira na escravidão.

Na batida do discriminado Funk, que incomoda pela autenticidade de como representa e exterioriza a condição dos que vivem excluídos na linha da pobreza, mais um crime foi cometido com a chancela de parte da sociedade branca e racista.

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A ‘ação’ dos policiais foi uma ‘resposta’ à morte de um sargento baleado no entorno da Favela há um mês. “A polícia é assim: quando morre um policial, a polícia toda para para resolver isso, mas quando morre um favelado, nem liga”, disse um morador.

Desde a morte do sargento em novembro, as operações da PM no local passaram a ser diárias, com bloqueios de ruas, revistas de pessoas, entradas em casas e comércios, além de ameaças. “Vamos tocar o terror em Paraisópolis” passou a ser um refrão usado por muitos deles.

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Algumas pessoas se manifestaram favoráveis à ação da polícia, como Roger Moreira que escreveu em sua conta no Twitter: “Reparem que o policial é agredido primeiro. Mas a Globo omite esse fato”, sobre reportagem da Globo que, segundo o ex-cantor e dublê de comediante, a emissora teria omitido suposta agressão dos moradores a um policial, o que não justificaria a violência.

Vivemos o racismo institucional que vigia, persegue e extermina a festa onde dançam o preto e o branco pobre, mas que tolera as raves onde "a noite vai ser boa, de tudo vai rolar', em boates frequentadas por jovens da classe média e alta. O massacre de Paraisópolis é mais um para ilustrar o déficit de humanidade que se espalhou pelo país desde a eleição de um miliciano representante do fascismo.

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