Doidivana birrento
Concordo com o que a imprensa anda publicando no Brasil: “podia ser pior”
Concordo com o que a imprensa anda publicando no Brasil: “podia ser pior”. A posição do Brasil, em relação às medidas tarifárias dos Estados Unidos, foi responsável e serena, ao não ligar para Donald Trump antes do anúncio do “tarifacinho”, nem decretar retaliações imediatas. O impacto econômico será em setores específicos e não sabemos o quanto o consumidor norte-americano está disposto a pagar a mais pelo suco de manga, pelo açúcar ou pelas pedras preciosas cearenses. Isso se não houver novo recuo. Nossa equipe econômica já possui plano de contingência, calibrado agora em face do que foi oficialmente colocado no papel. Fato é que a motivação de Trump é puramente política, o que torna a ação patética, não fosse perigosa.
Seria pejorativo se não fosse criminoso e perigoso. No relatório sobre direitos humanos no Brasil, exarado pelo mesmo governo norte-americano, é difícil separar realidade de ficção para fazer alguma avaliação, tão engendrada que é a articulação da extrema-direita para fazer valer suas mentiras. Mas um dedo do ainda deputado Eduardo Bolsonaro aparece em função da crítica à mortífera polícia do governador paulista Tarcísio de Freitas. À parte da importância de um relatório dessa natureza, constata-se, mais uma vez e à semelhança do tarifaço, que a defesa dos interesses da família bolsonarista é o que prevalece quando Donald Trump se dirige ao nosso País.
Os Bolsonaros são, portanto, criminosos, comprovado pelos fatos e pela Justiça e, pelo jeito, já está sendo aceito pela imprensa e pelo mercado, devidamente precificados. Agora, quando a Folha de S. Paulo estampa no editorial “Eduardo Bolsonaro, inimigo do Brasil” (31/7), uma ressalva a Tarcísio de Freitas, o jornal falha ao se esquecer do boné MAGA usado pelo governador paulista quando do anúncio das retaliações norte-americanas. A menos que o hesitar frente ao tarifaço signifique exitar.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.




