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Ergon Cugler

Estudante da Faculdade de Tecnologia do Estado de São Paulo (FATEC) e diretor da União Estadual dos Estudantes de São Paulo (UEE-SP)

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E agora? O que resta para o futuro dos trabalhadores? - Os impactos da tal Reforma Trabalhista

Para a classe política que aprovou a tal reforma trabalhista, a única desigualdade que importa é a distância do poderio entre o patrão e seus funcionários, a qual se alarga cada vez mais

Greve geral em Recife (Foto: Ergon Cugler)
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A redução do trabalhador a um ser isolado e a selvageria do mercado que se aproxima

O povo brasileiro tem a frente um futuro incerto decorrente das reformas de Temer, o qual pode beirar a selvageria no mercado de trabalho ao colocar trabalhadores uns contra os outros na disputa do que sobrar de empregos no Brasil.

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Mas afinal, que reforma é essa?

A premissa da reforma trabalhista mora no discurso de que hoje vivemos em uma sociedade com direitos de mais para os trabalhadores e trabalhadoras, como se estes vivessem com regalias e luxo ao terem direito às férias ou 13º salário, por exemplo. Faço destaque às trabalhadoras, pois estas já enfrentam diariamente um espaço de disputa desigual, assim como quando também falamos do salário, que está longe de ser justo. Mas para a classe política que aprovou a tal reforma trabalhista, a única desigualdade que importa é a distância do poderio entre o patrão e seus funcionários, a qual se alarga cada vez mais.

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O discurso daqueles que apoiam tais retiradas de direitos também parte, ao mesmo tempo, de uma lógica de que quanto menos direitos trabalhistas assegurados por legislação, maior a flexibilidade de contratação do mercado, principalmente da iniciativa privada.

O problema é que para além de apresentar uma falsa solução de saída da atual crise - pois diminui o poder de compra das famílias pela redução de salários e principalmente por conta de demissões em massa, retraindo assim o comércio e a circulação da moeda - a reforma trabalhista tenta colocar a conta de tal crise, não só econômica, mas também política, no bolso do povo brasileiro, fazendo este pagar um pato que somente engorda nas mãos de Temer.

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O tal do "negociado sobre o legislado" nada mais significa que isentar todos os direitos assegurados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e colocar o trabalhador à mercê de leilões de sua força de trabalho pelo menor preço possível oferecido pelo mercado. Faz com que acordões que favoreçam apenas o patrão prevaleçam no dia-a-dia.

É desumano pensar que ao retirar direitos como férias, 13º salário, ou dobrar a carga horária da jornada semanal e até mesmo reduzir pela metade o horário de almoço, teremos avanços na economia. Mais desumano é ver a maioria do Congresso Nacional se isentando do debate e da responsabilidade ao pensar que o povo nem irá questionar tais retrocessos.

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A reforma também criminaliza os sindicatos e movimentos sociais, pois para além de excluir a participação coletiva de negociações de trabalhadores em dificuldades individuais, desestrutura financeiramente as atividades das categorias.

A base de Temer se esforça, a todo momento, para tentar jogar toda culpa da crise, e consequentemente a responsabilidade, no bolso do povo.

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Resultante de um processo de redução do trabalhador a um ser isolado, iremos viver a selvageria de todos contra todos da luta pela sobrevivência no mercado de trabalho.

Toda unidade dos movimentos sociais, de diversos campos e espectros, somente reforçam o fracasso de Temer em apresentar um projeto de saída da crise. Greve Geral é o caminho mais coerente para demonstrar toda resistência através da correlação de forças nas ruas, greve concisa e unitária pelo Fora Temer, com um projeto de soberania e de progressos ao lado do povo trabalhador de nosso país.

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O povo há de se libertar das correntes e amarras do projeto de escravidão moderna. Nenhum direito a menos! Fora Temer!

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