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Dom Orvandil

Bispo Primaz da Igreja Católica Anglicana, Editor e apresentador do Site e do Canal Cartas Proféticas

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E agora, Presidenta Dilma? A Nação pede passagem

Três vozes destacam fim de governo que não escuta a Nação, a necessidade de agenda de crescimento e retorno ao povo, fonte legítima do poder do Brasil

Três vozes destacam fim de governo que não escuta a Nação, a necessidade de agenda de crescimento e retorno ao povo, fonte legítima do poder do Brasil (Foto: Dom Orvandil)
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Prezado amigo Prof. Zé Carlos

Percebo que o amigo é militante dedicado e mobilizado por amor excelência pelo Brasil e pelos avanços que construímos.

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Parabéns pelo valor de tua dedicação e pelo exemplo de consciência cidadã e de responsabilidade com o Brasil.

Todos deveríamos lutar, pressionar, exigir ajudar a acontecer o desenvolvimento merecido por nosso povo. A prática política jamais deveria se restringir às instituições de poder, mas a todo o povo, como reza formalmente nossa Constituição quando reza que o poder emana do povo. Todos somos políticos. Portanto, parabéns, meu irmão gaúcho por tua luta.

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Não sei quais as discussões que fazes em teu partido, mas certamente vocês se preocupam com os rumos do Brasil e de qual agenda nutrirá os projetos do governo que sairá da reeleição da Presidenta Dilma, em quem votei, também.

O novo governo é fulminado por uma oposição desleal, agressiva, desonesta e impatriótica. Seus integrantes vão às raias do delírio pedindo impeachment e de chantagear com ameaças ruidosas de denúncias de corrupção. Não é possível considerar qualquer valor numa oposição ao Brasil, semelhante aos golpistas venezuelanos, paraguaios e de outros Países, certamente todos articulados entre si no sentido de tentar desgastar os governos nacionalistas, trabalhistas e democráticos. Noutras palavras, as assacadas contra o governo são despolitizadas e baseadas em ressentimentos de quem não comunga com o povo e tenta apresentar-lhe música sonora com denuncismos sem base.

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Contudo, meu caro professor Zé Carlos, há vozes respeitáveis que merecem consideração, nada semelhantes ao alto grau de destrutividade dos que cercam o candidato da direita derrotado no segundo turno. O jornalista Breno Altman, com razão, os chamou de carniceiros. Três vozes ecoam pelo País nesse inicio de semana, que chamam a atenção pela posição que ocupam no espectro político.

Sem entrar no mérito das razões que levaram o ministro Gilberto de Carvalho a sentar sobre as gavetas onde encerrou o projeto do jornalista Franklin Martins de regulamentação da mídia, esta tão prevalecida e turbadora da verdade, nem de julgar se sua entrevista criticando o governo Dilma ao qual ainda pertence é ética ou não nem se seu papel de aproximar a Presidenta da sociedade falhou, penso que ele tem razão em dizer que Dilma deixou a desejar quando não dialogou com as sociedade, como o fazia generosamente o ex-presidente Lula.

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O governo Dilma realmente se afastou dos movimentos sociais, do empresariado, dos trabalhadores, dos indígenas, dos negros e até dos cuidados com a ecologia nacional, com a Amazônia correndo riscos de destruição e de desaparecimento do mapa, assaltada e derrubada por grupos nacionais e internacionais poderosos. A Presidenta governou até agora de modo centralizador e limitado. Precisa mudar.

Outra voz que ecoa é a da ex-ministra e senadora Marta Suplicy. Não discuto se ela também foi antiética ao escrever extra protocolarmente longa carta mencionando seus projetos e realizações à frente da cultura. Marta pede à Presidenta uma agenda de retomada do crescimento do País.

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Ora, é evidente que a senadora afirma nas entrelinhas que o País parou, que se estagnou. A Presidenta deve chamar a Nação para ajudar a construir essa agenda de crescimento, crescimento em todos os sentidos e para todos e não somente para os bancos, que enchem suas burras de dinheiro, sem titubear.

Manifesta-se ainda criticamente Frei Betto, um dos entusiasmados fundadores do partido da Presidenta.

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Betto não vacila em identificar profundos desvios na fonte do atual projeto, o PT, que se afastou do povo, atraído pelas manobras do poder.

Nosso teólogo e líder das pastorais sociais retrata o início do partido quando reunia bases em fundos de quintal, no chão de fábrica e nos campos para discutir política e educar profundamente a militância, prática que não acontece mais. O PT não é mais partido de militância nem de massas. Virou partido do poder, de gabinetes, de brigas por nacos de interesses, desviado do todo que o moldou originalmente.

Tais desvios, segundo Frei Betto, sintomatizam que o PT não tem mais projeto de Nação, de Brasil, mas apenas de poder, de não perder e de ganhar eleições, como os outros carcomidos partidos burgueses.

Eu acrescento que é injusto reduzir essa crítica ao PT. Avalio que todos os partidos de esquerda se necrosaram. Os partidos mais à esquerda do PT se burocratizaram, afastaram-se da militância e da educação política cotidiana e abandonaram o povo às ganas e garras de uma direita irresponsável e enfurecida.

Os comunistas se dividem em pequenos partidos entre o esquerdismo infantil do ser contra tudo e contra todos, sem povo e sem votos, e os que fazem alianças espúrias com a direita com a intenção de eleger sua gente. Vê-se vida neles somente nas campanhas eleitorais e nunca mais.

O drama dos partidos de esquerda é confundir sua missão política e ideológica com a busca do poder. Quando o alcançam relaxam da luta constante de seus estatutos e documentos, textos para inglês ver. Não é problema restrito ao PT, mas de todos os aliados. Quem perde é o povo, é o Brasil, completamente desapetrechados das ferramentas críticas para o avanço dos projetos no poder e das denúncias legítimas para evitar desvios, já que a posição é injusta e alienada, sem condições de criticar, mas determinada a derrubar o governo e a destruir a democracia, arduamente conquistada. Que moral têm os oposicionistas para criticar, com seus ombros curvos de malas de corrupção e de ladroagem, com processos trancafiados nos escaninhos da "justiça" conivente com a falta de amor às coisas do povo, embora pronta a shows e a espetáculos pirotécnicos eivados de mentiras.

Gilberto de Carvalho, Marta Suplicy e Frei Betto são vozes que falam pelo povo e pelo Brasil. O primeiro critica o que não aconteceu. A segunda provoca o que deve acontecer e o terceiro alerta para a necessidade de revitalizar as fontes do poder para servir o povo em todas as suas dimensões.

Abraços críticos e fraternos na luta pela justiça e pela paz sociais.

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