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Ricardo Fonseca

Ricardo Fonseca é Publicitário, divulgador das causas midiáticas e responsável pelo Blog Propagando

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E então, voltaremos às origens?

o que os irmãos Villas-Bôas tem a ver com isso? Eles tinham razão, "Essa terra já tem dono"... Só que se engana quem pensa que o povo brasileiro hoje em dia ainda é índio. O povo quer sim apito, mas se não der, o pau vai continuar comendo e isso é líquido e certo. Só que com mais força, mais coragem e mais bravura

sergio moro (Foto: Ricardo Fonseca)
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"Essa terra já tem dono", essa célebre frase foi repetidas vezes citada pelos irmãos sertanistas Villas-Bôas: Orlando (1914-2002), Cláudio (1916-1998) e Leonardo (1918-1961). Era a histórica década de 1940 em plena Segunda Guerra Mundial, o Rio de Janeiro era a emergente capital do País, onde havia um crescente sentimento de desbravamento de terras e soberania nacional, que levou milhares de pessoas a tal "Marcha para o Oeste".

Um projeto amplo de colonização do País e que não tinha nenhuma preocupação com os índios. Era um simples projeto de ocupação para garantir a soberania brasileira pressionada por pressão externa.

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Os irmãos Villas-Bôas , se disfarçaram de sertanejos ( deixaram a barba crescer e vestiram roupas simples sujas de terra), para poder irem nessa tal marcha e verem em território completamente inocupado, os novos horizontes até então inóspitos do interior do Brasil.

Bem de longe viram uma grande fumaça e logo presumiram que havia fogo. Afinal, onde há um, existe o outro; e mais do que isso, concluíram que quem havia tocado fogo num lugar inabitado pela sociedade até então, só poderiam ser os primeiros habitantes desse imenso País – os índios.

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A Expedição Roncador, na qual os Villas-Bôas estavam engajados na Marcha, era de uma frente militar e a orientação institucional não mencionava questões de preservação ao índio, apenas colonização. Assim que reportada a presença de índios na região, o coronel chefe da expedição solicitou ao governo de Goiás esforços para "limpar o caminho". "Isso significava tirar o índio como 'obstáculo' deste processo de avanço.

Fonte:http://portal.metodista.br/poseducacao/noticias/2015/xingu-construcao-do-indigenismo-no-brasil-e-culturas-e-terras-roubadas

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Graças ao Marechal Rondon, que criou o primeiro Serviço de Proteção ao índio (SPI) em 1910 e que em 1967, foi substituído pelo que é a atual Fundação Nacional de Proteção ao Índio (FUNAI), que ainda temos índios no Brasil. Mesmo sabendo que muitos hectares de suas terras foram invadidas pelos colonizadores "brancos".

Pois bem, lendo os jornais hoje em pleno 2017, vejo que mesmo 517 anos após o famoso descobrimento do Brasil (em 22 de abril de 1.500), o País vive o maior retrocesso que se tem notícia na história das colonizações mundiais.

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A política totalmente esfacelada e envolta em escândalos de corrupção trabalha na contramão de sua principal missão, que é garantir a ordem e o bem estar social. O Presidente da República que dantes fora apenas decorativo, agora ganhou um novo adjetivo, qual seja o de degenerativo. E a pergunta que deveria ser feita é: por que essa afirmativa? Simples, todas as suas medidas são meramente para a destruição de todas as conquistas adquiridas pós-ditadura nesse País. E o mais grave é que todas elas, todas sem exceção, tem o apoio da maioria esmagadora dos parlamentares da Câmara e do Senado Federal.

Com o Congresso Nacional totalmente engessado, restava-nos crer no ativo jurídico dos tribunais federais para garantir a verdadeira "Ordem e Progresso". Aliás, o Poder Judiciário existe é para isso mesmo, intervir em caso de necessidade e garantir a estabilidade político-econômica e social brasileira.

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Na prática não é assim que funciona, eles tiraram a presidenta honesta e emplacaram o presidente golpista. Tudo podia ser diferente o ministro do STF Ricardo Lewandowski, tivesse rejeitado com uma canetada, a abertura do processo de impeachment sem crime de responsabilidade de Dilma Rousseff. Não adiantou ele dizer que foi um "tropeço da democracia", porque o tropeço foi primeiro dele, depois do Congresso e por último do pleno do STF.

Em outras palavras quero dizer que: Todos estes acima citados - com o apoio da Rede Globo - que é quem pauta a chamada grande imprensa nacional, influenciaram uma parcela do povo brasileiro, que saiu as ruas gritando por mudanças. Sim, num País com pelo menos 3 anos em recessão deveria sim haver mudanças.

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Dilma errou muito, seus ministros - partes deles desertores- forçaram-na a persistir no erro. O Congresso se fechou, não havia mais o que fazer, era o fim de seu mandato.

Eis que Brasil pedia mudanças urgente e elas tinham que ser ser pra melhor. infelizmente não as foram... E quase um ano de falsas mudanças, eis que surge elogios na espalhafatosa revista "The Econimist", Fizeram mais, uma mágica incrível que fez surgir do nada uma reclassificação de risco da agencia Moodys, para a condição de investimentos para estável. O que, como, onde? Antes no governo Dilma, que estava melhor do que hoje, ela retirou o grau de investimento. Reveja aqui: http://g1.globo.com/economia/noticia/2016/02/moodys-tira-grau-de-investimento-do-brasil.html

Como acreditar num País onde a política é podre, a justiça é podre, a polícia (salvo exceções) é podre e agora inventaram que a carne também é podre?

A sarcástica operação Lava Jato não só redescobriu um novo Brasil, como o fez parar de crescer. O Juiz Sérgio Moro e os procuradores federais rasgaram a constituição federal e nos mostraram que quem manda na verdade nesse País é... pasmem! A velha e surrada toga preta!

Quem crê numa operação que prende seletivamente os seus acusados? Quem crê numa justiça que descumpre a carta magna? Quem crê num governo golpista que retirou milhões da educação e saúde para gastar com propaganda enganosa? E então, voltaremos as origens? Implantaremos de fato o sistema indigenista de governo, onde um cacique manda e os índios obedecem?

Antes que me acusem de índiofobia, politicofobia ou juridicofobia, os coxinhas de plantão também conhecidos como sociopatas, precisam rever os seus conceitos e usarem um colírio da verdade para enxergarem a mais de 2 palmos do seus narizes. Temer não tem condições nenhuma de governar mais este País por vários motivos, mas existem três que são os principais:

1- Está enrolado até o pescoço na Lava Jato, onde recebeu propinas, segundo os delatores da Odebrecht.

2- Conseguiu dilapidar o patrimônio público e estagnar a economia ao mesmo tempo, um feito inédito.

3- Rebaixou o País ao quarto e pior mundo.

E o que os irmãos Villas-Bôas tem a ver com isso? Eles tinham razão, "Essa terra já tem dono"... Só que se engana quem pensa que o povo brasileiro hoje em dia ainda é índio. O povo quer sim apito, mas se não der, o pau vai continuar comendo e isso é líquido e certo. Só que com mais força, mais coragem e mais bravura.

Citando Augusto Ruschi, Patrono da Ecologia Brasileira, termino esse texto: "Estou meio decepcionado com as coisas do futuro". E completo: Ou o Brasil muda por bem, ou mudamos o Brasil por mal.

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