É inusitado: com Pedro Parente, receita da Petrobras não para de cair
Com a divulgação dos resultados do 2º trimestre de 2017, podemos verificar que apesar do crescimento expressivo de produção, a partir da posse de Pedro Parente (jun/2016) a receita da Petrobras vem sofrendo declínio consistente como nunca ocorreu na história da empresa
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Com a divulgação dos resultados do 2º trimestre de 2017, na quinta-feira 10, podemos verificar que apesar do crescimento expressivo de produção, a partir da posse de Pedro Parente (jun/2016) a receita da Petrobras vem sofrendo declínio consistente como nunca ocorreu na história da empresa. A tabela a seguir mostra a evolução:
Receita líquida de vendas – R$ milhões
Tendo assumido a presidência da empresa com todos os poderes, em outubro de 2016 Pedro Parente anunciou uma nova política de preços que prometia paridade com os preços internacionais do petróleo e a manutenção do “market share” da companhia.
De lá para cá, muitas alterações de preços foram feitas, mas sem nenhuma explicação sobre os motivos e os efeitos destas alterações. Nenhuma transparência.
Informada por uma mídia que não contesta nada, a população brasileira ficou acreditando que o prometido na nova política de preços estava sendo cumprido à risca, beneficiando a Petrobras.
A realidade, entretanto, mostra que a companhia perdeu parte expressiva do mercado interno de derivados, que passou para as mãos de importadores independentes.
Ora, então os poderes conferidos a Pedro Parente para o estabelecimentos dos preços dos derivados no mercado brasileiro não foi utilizado para eliminar a concorrência? Por que? Estas perguntas não foram respondidas.
Eliminar a concorrência de importadores independentes não é “bicho de sete cabeças”, para quem tem poder de estabelecer os preços.
Basta olhar a política de preços do cartel das siderúrgicas brasileiras que por décadas, não permitem a importação de aço por terceiros, simplesmente estabelecendo preços no mercado interno que inviabilizam estas importações.
A Petrobras em consequência assiste ao aumento da ociosidade de suas refinarias e vai se transformando numa exportadora de óleo cru.
As demonstrações financeiras trimestrais publicadas não são muito detalhadas, mas a tabela abaixo mostra a evolução dos números:
Volume de vendas de derivados e óleo cru (mil barris/dia)
Mas quem está sendo beneficiado neste processo? As beneficiadas são as grandes importadoras de derivados ligadas aos grupos Ultra e Raizen.
Grupo Ultra que é proprietário da distribuidora Ipiranga e recentemente adquiriu a preço vil, a Liquigás. Grupo Ultra onde atuava, antes de vir para a Petrobras, o atual diretor financeiro, Ivan Monteiro.
Grupo Raizen, formado pela união de Shell com a Cosan (maior esmagador de cana de açúcar do mundo). Cosan, onde atuou por muitos anos o atual diretor de estratégias, Nelson Silva.
Ultra e Raizen são os maiores interessados na aquisição da BR Distribuidora. Portanto, o que estamos assistindo é a Petrobras engordar o caixa destas empresas, para que elas adquiram seu principal ativo. É um escândalo.
No mais o que verificamos é que a Petrobras apresentou no 2º trimestre de 2017 um lucro pífio de R$ 316 milhões, ocorrido em função do lançamento não operacional apurado no ganho contábil de R$ 6 bilhões, pela venda da NTS.
Apesar de tudo a companhia mantem sua característica de forte geradora de caixa e uma situação financeira confortável.
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