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Evilázio Gonzaga Alves

Jornalista, publicitário e especialista em marketing e comunicação digital

48 artigos

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É urgente uma aliança da sociedade contra o acordo dos predadores sociais

É preciso construir o verdadeiro acordo nacional: o que tem compromisso com o país e não com interesses comezinhos dos diferentes grupos de predadores sociais. A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann anunciou que o partido vai propor uma aliança às demais siglas, sob as bandeiras da defesa da democracia e pelo impeachment do miliciano na presidência

(Foto: Reprodução/Twitter CUT-DF)
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Se a proteção do gângster foi comprada na Câmara Federal, o impeachment definitivamente passa a ser a bandeira de setores políticos e sociais cada vez mais amplos

Até agora o maior vencedor da batalha que ocorreu em Brasília e nas estradas do país parece ter sido o pior grupo do centrão, comandado pelo ardiloso predador social Michel Temer. O site ligado a Dória, O Antagonista, que mantém relações com o grupo do chefe da traição a Dilma, diz que as tratativas que resultaram no acordão de aparente pacificação entre Bolsonaro e Alexandre de Moraes, começou a ser costurado há três semanas. Os protagonistas do acordo são, além de Temer, Ciro Nogueira, Gilmar Mendes, Arthur Lira e Rodrigo Pacheco.

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De acordo com site de direita, o acordo prevê a rejeição da ação que pede ao supremo a derrubada dos decretos das armas; nova regulamentação em torno da Reserva Raposa do Sol e a transferência dos inquéritos das fakenews para Augusto Aras, para evitar que alcancem Bolsonaro e seus filhos.

Bela Megale d’O Globo confirma o acordão, mas ressalta que seus termos e a forma como o processo aconteceu desagradaram alguns participantes do poder. De acordo com a jornalista do jornal carioca, entre os principais descontentes estão os militares palacianos. O núcleo militar, segundo Megale, avalia que Bolsonaro mostrou subserviência a Moraes, sem obter nada em troca e, desta forma, foi desmoralizado, o que provoca fortes danos na base do miliciano.

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Para os generais, ainda conforme a colunista d’O Globo, como os termos do acordo não são republicanos e, por isso, serão mantidos ocultos da opinião pública, Bolsonaro não terá como revelar à sua base que obteve vitórias com o que foi combinado.

Parece haver exagero dos analistas que acreditam em um novo grande acordo nacional, como aquele que viabilizou o impeachment de Dilma e a traição de Temer. O acerto atual foi muito limitado, envolveu fundamentalmente o centrão, tendo apenas Gilmar Mendes como fiador da chamada direita histórica liberal (ou PSDB, que se não tem votos, mantém influência no alto baronato brasileiro).

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Da forma que foi divulgado pelos colunistas, o acordo prevê a manutenção do gangster até 2022. Se isso acontecer, mesmo com forte desgaste em sua base, impulsionada pela aparente rendição a Moraes, Bolsonaro poderá chegar até as próximas eleições ainda com grande força, o que prejudica o projeto da terceira via.

É um cenário que desagrada os postulantes a esta posição, como Ciro, Dória, Eduardo Leite, Mandetta e outros.

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Como os termos do acordo não serão divulgados, pois provavelmente contêm abusos constitucionais, não há como saber se a questão da candidatura do miliciano está incluída. No Bom dia 247 de hoje, 10/09, foi especulado que o acordo pode incluir a garantia de que Bolsonaro não será candidato em 2022, em troca da blindagem jurídica para ele e seus filhos.

A continuidade do pior governo na história seria uma vitória de Pirro, pois a incompetência dos militares e indicados pelas seitas evangélicas ou do centrão, que estão à frente da administração, não permite a menor expectativa de melhora da gestão do país e das condições de vida da população.

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Provavelmente, no acordo com o STF, foi acertada a liberação dos precatórios para melhorar a situação financeira do governo. São cerca de R$ 40 bilhões, que deverão ser direcionados para a bolsa família, com a nova maquiagem bolsonarista, e a realização de algumas obras eleitoreiras. O dinheiro liberado também viabiliza o repasse dos aproximadamente R$ 20 bilhões, para as emendas parlamentares combinadas com o centrão, para bloquear o impeachment.

O tempo para as manobras do governo federal é escasso. O país já está entrando no período das festas de fim de ano e o limite para grandes ações ou nomeações governamentais é abril, conforme determina o calendário eleitoral.

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Além disso, se a proteção do gangster foi comprada na Câmara Federal, o impeachment definitivamente passa a ser a bandeira de setores políticos e sociais cada vez mais amplos. Alguns porque pretendem deter a corrosão acelerada do país e outros por cálculo eleitoral.

Do ponto de vista do campo democrático e progressista, o que tem verdadeiro compromisso com o país e seu povo, é preciso tensionar a corda, pois a cada dia que o gangster permanece no poder, o Brasil se aproxima mais de um desastre de proporções inimagináveis. A bandeira do impeachment, ou a cassação da chapa com Mourão (a melhor solução), é mais pertinente do que nunca.

Desta forma, é preciso construir o verdadeiro acordo nacional: o que tem compromisso com o país e não com interesses comezinhos dos diferentes grupos de predadores sociais. A presidenta do PT, Gleisi Hoffmann anunciou que o partido vai propor uma aliança às demais siglas, sob as bandeiras da defesa da democracia e pelo impeachment do miliciano na presidência.

É um caminho a ser percorrido com urgência, para denunciar o acordo dos predadores sociais, fortalecer a bandeira do impeachment (ou cassação da chapa), estabelecer uma verdadeira aliança da sociedade e preparar manifestações que representem a maioria do povo brasileiro.

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