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Aroldo Bernhardt

É administrador e professor universitário

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Economia e economicismo

A economia e o equilíbrio econômico não devem ser um fim mas apenas um meio para interpretar a realidade e assim os agentes econômicos poderiam direcionar suas decisões e ações para uma vida melhor para todos e todas

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Max Weber apreciava se basear em “tipos ideais” de organização e sistemas para tentar interpretar a realidade, Costumava afirmar que a vida humana individual e associada podia ser percebida em quatro dimensões: Política – poder; Econômica – ter; Cultural – saber ou conhecer e Social – pertencer ou participar.

Evidentemente que essas dimensões são mutuamente influenciadas mas, ao menos na época da Grécia clássica, a Política (não confundir estritamente com partidos, ideologias, eleições etc.) era entendida como determinante.  Aliás é de Sócrates a expressão “zoom polítikon” (animal político) referindo-se aos seres humanos. Enfim, política nesse contexto é a base das relações humanas. Sempre há um jogo de poder. Na família, nos grupos sociais e de amizade, nas empresas, nos governos etc. Sempre alguém está influenciando enquanto outrem está sendo influenciado.  

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Por uma série de razões históricas, que para ser breve não vou abordar neste espaço, com a chegada da Idade Moderna a economia passou a ser central e a sua racionalidade (calculista) passou a ser empregada nas demais dimensões. Na política, por exemplo, a barganha pura e simples se tornou prática corriqueira a ponto de merecer justificadamente a pecha de “fisiologismo”.

A economia é agora uma ciência cuja contribuição e importância são inegáveis. Contudo quando se vai à exacerbação a ponto de transformar a economia como um fim em si mesmo chega-se ao que é denominado de “economicismo”.

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Valendo-me do “Wikipédia”, economicismo é um termo utilizado para criticar o reducionismo econômico, que é a redução de todos os fatos sociais à dimensão econômica. ... Desse modo, todas as demais atividades e valores que escapam ao império da lógica económica são considerados como secundários, acessórios e até mesmo supérfluos. 

Daí assumo o risco de complementar afirmando que um indicador econômico (micro ou macro) quando observado de per si pode nos conduzir ao erro. Vou tentar colocar um exemplo atual a partir do que disse um economista. Ele afirmou, com razão, que a inflação (dos alimentos) em alta cederia em breve porque a subida dos preços e o término do “Auxílio Emergencial” fariam com que grande parte da população consumisse (ou seja comesse) menos.

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Do ponto de vista estritamente econômico é uma análise perfeita, nota dez; contudo, do ponto de vista humano é um horror, nota zero.

Em suma, a economia e o equilíbrio econômico não devem ser um fim mas apenas um meio para interpretar a realidade e assim os agentes econômicos poderiam direcionar suas decisões e ações para uma vida melhor para todos e todas.

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Teto de gastos, câmbio, dívida pública, PIB, inflação e outros tantos são indicadores importantes mas que de nada valerão se expressiva parcela da população estiver à míngua. 

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