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Luciano Teles

Professor adjunto de História do Brasil e da Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e autor de artigos e livros sobre a história da imprensa operária e do movimento de trabalhadores no Amazonas.

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Economistas da mídia corporativa, falem em aumento de salário para o trabalhador!

Não há nunca menção a aumento de salário

Carteira de trabalho (Foto: Marcos Santos/USP Imagens)
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Com a extrema direita ultraliberal, nos últimos seis anos (2016 a 2022), a pobreza aumentou significativamente, o Brasil voltou ao mapa da fome e tudo ficou mais difícil em função do custo de vida, do desemprego e dos baixíssimos salários. Vimos pessoas em filas em busca de ossos. Uma situação triste e trágica.

Nesse momento, e mesmo antes disso, os economistas que frequentavam (e ainda frequentam) a grande mídia sempre falavam em cortes, apenas cortes ou substituição de um alimento por outro mais acessível, como se fosse pecado capital falar em aumento de salário.

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É inacreditável “naturalizar” a pobreza, a fome, as filas dos ossos, etc. Ou sugerir que as pessoas comam isso e não aquilo em função de um projeto desumano, excludente e cheio de intolerância e ódio. Olhemos a Argentina hoje e os jornalistas alinhados à extrema direita defendendo que parte significativa da população argentina faça apenas uma refeição por dia, chegando mesmo ao absurdo de debaterem quando esta única refeição deveria ser feita, se de manhã ou de noite.

Não estamos livres da extrema direita, que inclusive ainda se faz presente na mídia corporativa, que continua dando espaço ela. Alguns jornalistas seguem firmes, especialmente na salvaguarda das práticas orientadas pelos ultraliberais e, consequentemente, na indiferença e exclusão dos setores mais necessitados da sociedade brasileira, que não são poucos.

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Além dos economistas ultraliberais, que não escondem o que pregam no campo da economia política, há outros economistas que, voluntária ou involuntariamente, quando expressam suas posições na mídia nacional, regional ou local, reforçam os projetos daqueles.

Um exemplo: recentemente, assistindo a um jornal aqui do Amazonas, vimos um economista tratando de orçamento doméstico e de cortes. Verbalizando em época natalina sobre o assunto, ele disse que se não há condições de comprar um “Chester” (aqui foi o exemplo dado por ele), então, este produto pode ser substituído pelo frango comum. E que se não há como comprar um frango comum, que este pode ser substituído por outra coisa, como uma macarronada, etc. Não há outra alternativa que não a substituição de um produto por outro ou simplesmente o corte brusco de algo.

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E ainda fecha a sua fala orientando a população amazonense a entender e praticar o que ele explicou, como se grande parte população local (e porque não dizer a população nacional) já não fizesse isso para sobreviver!

Não há nunca menção a aumento de salário. Salário é instrumento de distribuição da riqueza produzida regional e nacionalmente.

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Falar em aumentar salários não é pecado, ademais todo ser humano merece escolher o que comer!

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