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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Eleição com Bolsonaro é fraude

"Está ficando mais fácil entender o milagre de ele tripudiar de nordestinos e conseguir boa votação no Nordeste, xingar mulheres e ainda assim ser bem votado entre as eleitoras, abominar gays e ter votos gay", avalia o colunista Alex Solnik, sobre a fraude eleitoral cometida pela campanha de Jair Bolsonaro no WhatsApp; "Isso tudo é o resultado de uma máquina de propaganda montada fora do Brasil, por Steve Bannon e financiada por empresários daqui e de fora com objetivo de implantar ditaduras no maior número de países possível, com a destruição da classe política e da imprensa"

Eleição com Bolsonaro é fraude (Foto: Reprodução vídeo)
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A máquina de propaganda de Bolsonaro não é brasileira. Os filmes utilizam estética mais próxima aos documentários nazistas ou dos filmes americanos da Segunda Guerra. São sombrios, provocam sensações de medo e de tristeza. A narração é soturna. A tipologia dos letreiros não é nacional. Nem a trilha sonora.

A campanha de Bolsonaro é tão anti-brasileira que nem jingle tem. Alguém já viu uma campanha presidencial brasileira sem música?

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É muito mais parecida com a campanha de Donald Trump do que com outras campanhas nossas.

Eu já desconfiava que ele estava agindo nas sombras, que o custo de campanha que declarou – 1,9 milhão – não correspondia ao movimento que ele conseguiu criar nas redes sociais, que ele estava trapaceando.

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A reportagem de Patrícia Campos Mello, hoje, na Folha, confirma as suspeitas de caixa 2 e de abuso de poder econômico da sua campanha. Um escândalo gigante que a Polícia Federal tem que apurar: muitos e graúdos empresários comprando impulsionamentos de mensagens ilegais anti-PT nas redes sociais que montam a muitos milhões de dólares – somente um dos contratos é de R$12 milhões.

E a reportagem denuncia que o grupo se prepara para fazer uma mega blitz às vésperas da eleição para garantir o ódio aos petistas nas urnas.

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Não são métodos democráticos. E uma campanha que não se insere nos usos e costumes da democracia é a ponta do iceberg de um governo à sua imagem e semelhança.

Agora está ficando mais fácil entender a sua súbita popularidade, a sua rápida e irresistível transformação em "Lula da direita" apesar do comportamento antissocial, hostil, misógino e sua insignificância como deputado.

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E a transformação do PT no grande bode expiatório.

Está ficando mais fácil entender o milagre de ele tripudiar de nordestinos e conseguir boa votação no Nordeste, xingar mulheres e ainda assim ser bem votado entre as eleitoras, abominar gays e ter votos gay.

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Também deu para entender as súbitas viradas dos candidatos de Bolsonaro no Rio e em Minas: eles utilizam os mesmos métodos de impulsionamentos ilegais que invadem o whatsapp como numa blitzkrieg, sem respeitar as regras eleitorais e que influenciam eleitores, inclusive além do prazo de propaganda permitido, o que é mais uma ilegalidade.

Isso tudo é o resultado de uma máquina de propaganda montada fora do Brasil, por Steve Bannon e financiada por empresários daqui e de fora com objetivo de implantar ditaduras no maior número de países possível, com a destruição da classe política e da imprensa.

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A máquina de propaganda montada por Bannon se inspira em Goebbels, o primeiro a perceber que a mentira repetida inúmeras vezes vira verdade, e que convenceu os alemães de que Hitler era um cara legal, mas suas armas são muito mais sofisticadas graças aos meios de comunicação de que os nazistas não dispunham, só havia jornais, rádio e cinema para fazer a cabeça.

Bannon falou na semana passada, em Londres, a respeito da organização que dirige atualmente, chamada O Movimento:

"O Movimento é uma organização de natureza global. Eu estou vendo o que acontece no Brasil como parte desse movimento populista".

Na mesma reportagem do The Guardian, o deputado federal eleito Eduardo Bolsonaro, que é cogitado para ser o próximo presidente da Câmara Federal afirma que é "um movimento global de pessoas que procuram por ordem e que não acreditam mais na classe política".

O que ele está sugerindo é que a classe política é dispensável. Daí a seu pai fechar o Congresso Nacional é um pulo. Nesse clima de descrédito em que a Lava Jato colocou a classe política, quem vai reclamar se o Congresso for fechado?

Os brasileiros, do jeito que as coisas estão, vão até comemorar, até perceberem que essa é a primeira etapa de uma ditadura: acabar com os políticos para acabar com a oposição.

A segunda é rasgar a constituição e fazer uma nova.

A terceira, censurar a imprensa e as artes em geral.

A quarta é prender quem não obedecer, pois sem políticos e sem imprensa a população não terá quem a defenda do tirano.

A quarta é governar por whatsapp.

Alguém tem que avisar aos brasileiros que eles estão elegendo uma fraude.

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