Elogio da demagogia ao Natal
Um poema-denúncia sobre desigualdade, hipocrisia social e a dor dos que enfrentam a miséria em meio às celebrações
Aqui tu vieste há dois mil anos, é o que a História nos conta
E hoje vemos a ilogicidade dos tempos, que mesmo atemporais regulam a miséria da maioria
A maioria sofre, chora, geme, debaixo da dor da desigualdade...
Não há equidade além da retórica política de cada dia
É patente a inverdade da palavra humana
Restam poucos Diógenes neste século
E o Papai Noel do seu filho é de estimação (seleto)
Enquanto isso a leoa rouba a vida do irmão segregado e vulnerável
Muitos dizem: longe dos olhos, longe do coração
Que metáfora insana e fragmentada, então...
Porém, as políticas gananciosas fazem coro a ela
E subutilizam o eleitor espoliado e paupérrimo
Minha roupa e a de muitos está puída
Assim, como na mesa de muitos faltará o pão
Sofro, choro, e vejo as injustiças, tudo em vão
Pois neste planeta de provas e expiações
Como dizem os Espíritas: o mal prevalece
Há hipócritas por toda parte: rezando e "matando".
Que pena meu irmão. Jesus fora ignorado.
Mais um Natal comercial se avizinha: choro
Da ceia, em tua lembrança, não participarei
Não daquela ceia que cheia de pompa e bacalhau: joga alimento fora
Participarei, caso viva, daquela ceia parca de convenção
E imensa... em flores perfumadas de sobrevida
FELIZ NATAL AOS APOSENTADOS DO BRASIL
VÍTIMAS DOS DESVIOS DO INSS!
FELIZ NATAL AOS PROFESSORES DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO (APOSENTADOS) QUE VIVEM DE MIGALHAS E PASSAM NECESSIDADE ABSURDAS!
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

