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Rachel Vargas

Jornalista há 20 anos, atuou nas principais redações do país, como Correio Braziliense, Jornal de Brasília, TV Band, TV Justiça, Record TV e CNN. Há dois anos, começou a atuar em consultorias políticas e se especializou como consultora de relações institucionais e governamentais.

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Em reunião com Lula, senadores disparam críticas a Marina Silva e ao presidente do Ibama

Demora para liberação para exploração de petróleo na Margem Equatorial preocupa

Marina Silva (Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O encontro entre senadores e o presidente Lula (PT), que ocorreu na noite de quarta-feira na residência oficial do Senado, foi marcada por reclamações pontuais a dois personagens do governo: Marina Silva, ministra do Meio Ambiente, e Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama. Segundo relato de lideranças, parlamentares do Norte e Nordeste criticaram a forma como os dois têm conduzido as demandas endereçadas aos órgãos ambientais, como a liberação de licença ambiental para estradas e rodovias. 

Uma dessas reclamações parte do presidente da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), Otto Alencar. À coluna, ele afirmou que já tentou por diversas vezes falar com Agostinho, mas que o presidente do Ibama não atende nem retorna suas ligações. “Já liguei algumas vezes e nunca me atendeu”, declarou. O contato, segundo Otto, é para tentar destravar a construção de um contorno na BR-242, que liga o Oeste da Bahia a Salvador, demanda que já dura dois anos. O trecho da estrada ao qual se refere seria local de alto número de acidentes. Segundo Otto, Agostinho se recusa a dar andamento ao pedido de licenciamento ambiental da obra porque estaria nas margens do Parque da Chapada da Diamantina. 

Os senadores também relataram preocupação com a falta de uma decisão a respeito da exploração de petróleo na Margem Equatorial, o que prejudicaria não só a reeleição dos senadores da região, mas, principalmente, a autonomia do Brasil sobre a distribuição de combustível. Isso porque a reserva do pré-sal deve entrar em declínio a partir de 2030, forçando o Brasil a importar petróleo bruto para refino. O próprio Lula já defendeu a exploração da Margem Equatorial, mas Marina, até o momento, segue outro caminho. Inclusive, nesta semana, cancelou uma agenda com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, para tratar sobre o tema.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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