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Tereza Cruvinel

Colunista/comentarista do Brasil247, fundadora e ex-presidente da EBC/TV Brasil, ex-colunista de O Globo, JB, Correio Braziliense, RedeTV e outros veículos.

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Empresário diz que rentismo do governo Temer é indecente

"Não estamos felizes com o atual governo,  especialmente com sua política econômica. Da forma como vem sendo conduzida, ela não é incentivadora do crescimento, da geração de mais empregos e mais riquezas.  Pelo contrario.  A nosso ver ela tem um viés fortemente rentista.  Tem o Meirelles, que foi banqueiro, com sua equipe formada basicameante por banqueiros.  E o que acontece?  Hoje, não temos o ambiente que seria necessário para a impulsionar a economia e seu crescimento. Precisaríamos de ter juros bem mais baixos, câmbio adequado, carga tributaria mais compatível com o resto do planeta, Estado enxuto... De modo que estamos bastante frustrados, em todos os sentidos", diz o empresário César Prata, vice-presidente da Abimaq

"Não estamos felizes com o atual governo,  especialmente com sua política econômica. Da forma como vem sendo conduzida, ela não é incentivadora do crescimento, da geração de mais empregos e mais riquezas.  Pelo contrario.  A nosso ver ela tem um viés fortemente rentista.  Tem o Meirelles, que foi banqueiro, com sua equipe formada basicameante por banqueiros.  E o que acontece?  Hoje, não temos o ambiente que seria necessário para a impulsionar a economia e seu crescimento. Precisaríamos de ter juros bem mais baixos, câmbio adequado, carga tributaria mais compatível com o resto do planeta, Estado enxuto... De modo que estamos bastante frustrados, em todos os sentidos", diz o empresário César Prata, vice-presidente da Abimaq (Foto: Tereza Cruvinel)
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O empresariado produtivo do Brasil está profundamente frustrado com o governo de Michel Temer, que não parece empenhado em criar um ambiente favorável ao crescimento e à geração de emprego. Pelo contrário, com sua política de viés claramente rentista, o governo vem promovendo uma transferência de riqueza ao setor financeiro que chega a ser indecente. Estas são algumas das opiniões externadas por um influente líder empresarial, o vice-presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos) César Prata, em entrevista nesta terça-feira ao programas Contraponto, na rádio Trianon de São Paulo, ancorado pelo jornalista Ricardo Melo.

       – Definitivamente, não estamos felizes com o atual governo,  especialmente com sua política econômica. Da forma como vem sendo conduzida, ela não é incentivadora do crescimento, da geração de mais empregos e mais riquezas.  Pelo contrario.  A nosso ver ela tem um viés fortemente rentista.  Tem o Meirelles, que foi banqueiro, com sua equipe formada basicameante por banqueiros.  E o que acontece?  Hoje, não temos o ambiente que seria necessário para a impulsionar a economia e seu crescimento. Precisaríamos de ter juros bem mais baixos, câmbio adequado, carga tributaria mais compatível com o resto do planeta, Estado enxuto... De modo que estamos bastante frustrados, em todos os sentidos  - disse Prata comentando o sentimento do empresariado.

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            As reformas, diz ele, foram abraçadas pelo governo como prioridade mas as medidas imediatas para vencer a recessão não estão sendo tomadas ou são equivocadas.

            - Não temos nada contra as reformas e até reconhecemos que o atual governo herdou uma situação fiscal que vem tentando corrigir. Mas as medidas que vêm sendo tomadas são bastante equivocadas.  É  incompreensível que os juros ainda estejam no patamar de 10%, tendo havido até deflação no mês passado. Chega a ser indecente o tamanho da transferência de riqueza que vem sendo feita ao setor financeiro. Vão acabar com a TJLP, substituindo-a por uma TLP, o que significará o fim de qualquer incentivo ou apoio ao investimento, especialmente o de longo prazo, que não pode ser financiado pelas taxas de mercado.  De modo que não enxergamos um esforço do governo para criar um ambiente favorável aos negócios, favorável à produção, especialmente para as micro, pequenas e médias empresas, que são as que mais geram empregos. Pelo contrário, o governo parece conspirar contra isso o tempo todo.

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            Prata, que é empresário do setor petroquímico, criticou acidamente a mudança na regra de partilha do pré-sal e o fim da exigência de conteúdo nacional nos contratos de exploração, medida que a seu ver contribui para a perigosa desindustrialização do país.

            - Quando o Brasil descobriu o pré-sal, uma formidável riqueza que estava encoberta, o que se buscou foi garantir que ela servisse ao desenvolvimento nacional, à modernização de nossa precária infraestrutura, à melhora da educação e ao desenvolvimento de nossa economia. Para isso foi exigido que 40% das compras a serem feitas pelas concessionárias, compras de máquinas, equipamentos e outros bens,  fossem feitas dentro do Brasil, favorecendo nossa indústria. O atual governo acabou com isso, golpeando mais uma vez a indústria nacional. Esta foi outra grande decepção.

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            E por que então as organizações do empresariado, que apoiaram o golpe contra Dilma Rousseff, como a Fiesp e a CNI, não reagem politicamente a um governo que não tem compromisso com a criação de ambiente favorável ao crescimento?

            - É verdade, estas entidades apoiaram o impeachment e têm uma relação que eu diria muito passiva diante do atual do governo. Eu diria que elas são muito chapa-branca – disse Prata.

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             Ele criticou também a Lava Jato pela destruição de empresas do setor de infraestrutura a partir da opção por punir não apenas dirigentes responsáveis por casos de corrupção mas as próprias empresas.

            Você pode ouvir o programas inteiro, do qual participaram também os jornalistas Flavia Mello, Paulo Moreira Leite e esta repórter, acessando https:/soudcloud,com/programa-contraponto-radio/contraponto ou em Facebook/programacontrapontotrianon.

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