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Esmael Morais

Jornalista e blogueiro paranaense, Esmael Morais é responsável pelo Blog do Esmael, um dos sites políticos mais acessados do seu estado

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Entrou água na privatização de Temer

Temer almeja arrecadar R$ 11 bilhões com a venda das usinas Jaguara, Miranda, São Simão e Volta Grande. O dinheiro seria utilizado para pagar o rombo provocado pelo golpe de Estado e honrar compromissos assumidos com deputados que rejeitaram denúncia por corrupção passiva, na Câmara, no último dia 2 de agosto

Usina Hidrelétrica São Simão, Cemig (Foto: Esmael Morais)

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O TRF-1 concedeu liminar suspendendo a privatização de quatro hidrelétricas da Cemig — a Companhia Elétrica de Minas Gerais — que é pretendida pelo ilegítimo Michel Temer (PMDB).

Temer almeja arrecadar R$ 11 bilhões com a venda das usinas Jaguara, Miranda, São Simão e Volta Grande. O dinheiro seria utilizado para pagar o rombo provocado pelo golpe de Estado e honrar compromissos assumidos com deputados que rejeitaram denúncia por corrupção passiva, na Câmara, no último dia 2 de agosto.

O leilão estava previsto pela União no dia 22 de setembro. A Advocacia-Geral da União informou que vai recorrer da decisão liminar.

Em decisão do último dia 18, o desembargador federal Souza Prudente entendeu que o valor de venda estaria muito abaixo do que verdadeiramente valem as usinas. Ele acolheu a argumentação do advogado Guilherme da Cunha Andrade, que, em uma ação popular, contestou os métodos de avaliação utilizados pelo governo federal.

Segundo o advogado, o método usado pela União não considerou investimentos não amortizados feitos pela Cemig, companhia controlada pelo estado de Minas. Ele sustentou que o valor mínimo para o leilão das usinas deveria ser de ao menos R$ 18 bilhões, sob pena de se promover uma “dilapidação” do patrimônio público mineiro.

Impasse jurídico

As quatro hidrelétricas são alvo de um longo impasse jurídico, que aguarda decisão do Supremo Tribunal Federal (STF). De um lado, a Cemig contesta a não renovação automática, por mais 20 anos, de seu controle sobre as usinas, conforme cláusulas contratuais. De outro, a União reivindica seu direito de leiloá-las, afirmando que a concessão das usinas terminou por força de uma medida provisória publicada em 2012.

Duas ações sobre o assunto são relatadas pelo ministro Dias Toffoli, do STF, que tentou mediar uma conciliação entre as partes, a partir de uma proposta de acordo apresentada pela Cemig, mas não obteve sucesso.

Na decisão da última sexta-feira, o desembargador Souza Prudente determinou a autuação imediata da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que seja realizada a suspensão do leilão.

Com informações da Agência Brasil

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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