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Heraldo Campos

Graduado em geologia (1976) pelo Instituto de Geociências e Ciências Exatas (UNESP), mestre em Geologia Geral e de Aplicação (1987) e doutor em Ciências (1993) pela USP. Pós-doutor (2000) pela Universidad Politécnica de Cataluña - UPC e pós-doutorado (2010) pela Escola de Engenharia de São Carlos (USP)

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Erosão geológica e política

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“Os relatórios do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), há mais de uma década divulgando a ciência do clima para a sociedade mundial, sempre alertaram para o que viria pela frente e com base na análise de dados científicos. E não é somente com muito barulho, mas sim com a triste realidade que assola esse nosso mal tratado planeta, por causa das mudanças climáticas.

Várias cidades do litoral brasileiro, por exemplo, que avançaram com sua ocupação urbana as faixas de areia das praias (e que não deveriam ser ocupadas), hoje sofrem com os processos erosivos provocados pelas oscilações do nível do mar e vira e mexe os administradores públicos acabam jogando a culpa nas mudanças climáticas. 

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Setores colados nas faixas de areia das praias, muitas vezes ocupados por residências, restaurantes, quiosques e outros equipamentos urbanos, que não deveriam estar assentados nesses lugares, podem ter a sua destruição causada pela ação das águas do mar e, ao mesmo tempo, interferir de forma desfavorável nos serviços ecossistêmicos, prejudicando a regulação biológica de extensas áreas da orla marítima. Um exemplo disso é o processo erosivo na beirada do calçamento na praia do Iperoig em Ubatuba (SP).

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No plano nacional é notória a falta de política ambiental do atual governo de plantão para essas áreas sensíveis do nosso país [...].

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[...] Para se livrarem de suas responsabilidades, geralmente os administradores públicos gostam de culpar a população por esses danos ambientais, mas, a experiência mostra, que um bom trabalho na área da educação, a participação das pessoas no cuidado com essas áreas sensíveis acaba por aparecer, principalmente se houver o estimulo nas mentes e nos corações na busca conjunta de um caminho mais consciente junto ao meio ambiente.” [1] 

No curto espaço de tempo, de pouco mais de quatro meses, é notório o “serviço” que a atividade do mar fez para essa área sensível da orla marítima, que não deveria estar ocupada, com a aceleração dos processos erosivos, avançando em áreas com quiosques (bares) e provocando o solapamento do calçamento.  

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A erosão geológica muitas vezes é difícil de ser controlada, como nesses casos que envolvem as oscilações do nível do mar em orlas marítimas ocupadas pela urbanização mal planejada e desenfreada. Uma barreira com blocos de pedra pode, eventualmente, atenuar o problema, reduzindo o impacto das ondas do mar em alguns setores, mas não impede a elevação das águas em uma escala regional.  

 

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 Analogamente, a erosão política muitas vezes também é difícil de ser controlada e pode, para piorar, ainda, conter um alto grau de contaminação. 

“A contaminação de uma eleição pelos grupos que utilizaram as rachadinhas, as fake news, as milícias e o crime organizado para chegar ao poder, pode prejudicar toda uma nação como vem fazendo esse atual governo.

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O noticiário dos jornais e das TVs estão aí no nosso dia a dia para comprovar o prejuízo causado. 

A restauração de um governo contaminado, deve se dar com a integral e a completa reparação dessa contaminação, decorrente de uma progressiva deterioração do meio político pela ascensão do nazi-fascismo.” [2]

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Para que essa restauração ocorra um dos caminhos é voto e a restauração de um governo contaminado pode acontecer quando a maioria da população puder ir para as urnas livremente, apresentar as suas aspirações democráticas, não contendo contaminações na escolha do seu candidato. 

Durante o ano das eleições municipais de 2020 algumas perguntas foram feitas e se alguns movimentos políticos tivessem dado resposta para a sociedade nessas direções apontadas, quem sabe hoje não estaríamos vivendo hoje um clima de terror e de medo com a eleição que se aproxima em outubro de 2022.       

“Esse governo federal tem condição moral e política para governar por mais três anos?

Não seria melhor uma reforma política já, via Congresso, com cláusula de barreira para os partidos, mandatos de cinco anos, sem reeleição, em uma eleição geral para todos os cargos eletivos, coincidindo com o calendário eleitoral de 2020?

 

Isso seria sonhar demais ou vamos ter que ir protestar nas ruas, munidos dos nossos míseros estilingues do amor?

Obviamente, o que antecederia a essa espinhosa e difícil missão, via o Congresso, seria o início do processo para a cassação da chapa presidencial militar eleita, que cospe todo o dia, sem nenhum pudor, seus ódios viscerais sobre a constituição brasileira.

Será que temos outra saída?” [3]

“Tenho em mim todos os sonhos do mundo.” (Fernando Pessoa).

Notas

[1] Biscoito de polvilho

https://jornalggn.com.br/meio-ambiente/biscoito-de-polvilho-por-heraldo-campos/

[2] Valor do voto

https://aterraeredonda.com.br/valor-do-voto/

[3] Estilingues do amor

https://www.ihu.unisinos.br/categorias/614789-estilingues-do-amor

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