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Alex Solnik

Alex Solnik é jornalista. Já atuou em publicações como Jornal da Tarde, Istoé, Senhor, Careta, Interview e Manchete. É autor de treze livros, dentre os quais "Porque não deu certo", "O Cofre do Adhemar", "A guerra do apagão" e "O domador de sonhos"

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Esqueçam, Michel Temer não vai apoiar Dilma

"Somente os mal informados, os ingênuos e os cangurus da Austrália ainda acham que o vice Michel Temer vai apoiar a presidente Dilma na questão do impeachment. Agora é o Fla-Flu, é o nós contra eles, é o presidente contra o vice. Somente um dos dois ficará vivo depois da batalha", diz o colunista Alex Solnik; "O primeiro sinal foi a demissão voluntária de Eliseu Padilha do Ministério da Aviação Civil. Se ele era o articulador político do governo até há pouco, dono, portanto de uma agenda poderosa e deixa o governo o motivo é somente um: articular contra o governo"

"Somente os mal informados, os ingênuos e os cangurus da Austrália ainda acham que o vice Michel Temer vai apoiar a presidente Dilma na questão do impeachment. Agora é o Fla-Flu, é o nós contra eles, é o presidente contra o vice. Somente um dos dois ficará vivo depois da batalha", diz o colunista Alex Solnik; "O primeiro sinal foi a demissão voluntária de Eliseu Padilha do Ministério da Aviação Civil. Se ele era o articulador político do governo até há pouco, dono, portanto de uma agenda poderosa e deixa o governo o motivo é somente um: articular contra o governo" (Foto: Alex Solnik)
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Somente os mal informados, os ingênuos e os cangurus da Austrália ainda acham que o vice Michel Temer vai apoiar a presidente Dilma na questão do impeachment.

Agora é o Fla-Flu, é o nós contra eles, é o presidente contra o vice. Somente um dos dois ficará vivo depois da batalha.

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Imaginar que Temer poderá apoiar a presidente em vez de “apoiar a si próprio” é uma bobagem descomunal. Seria como dizer aos jogadores do Flamengo não ganharem do Fluminense para serem os campeões.

Se ele disser aos seus correligionários “votem contra o impeachment” será o mesmo que dizer “votem contra mim”. Não só contra ele, mas contra o PMDB, do qual é o presidente, diga-se.

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Imaginem a reação dos insatisfeitos do PMDB, que não couberam no governo Dilma, à possibilidade de poderem assumir dezenas de milhares de cargos de vários escalões.

“Ah, mas se fizer isso Temer vai trair a Dilma”. Mas ele não tem opção. A alternativa seria trair o PMDB. E, se trair o PMDB, ele será derrubado da presidência do partido.

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Pois vejam: o grande objetivo de qualquer partido político é a conquista do poder e agora que o poder está a uma esquina ele vai recuar? Se recuar, sua cabeça rola.

Além do mais, o que Temer perde com isso? Absolutamente nada. Se o impeachment não vingar tudo bem, Dilma continua no governo e ele também. Ela não pode demiti-lo. Ficarão de caras amarradas, não se falarão e fim de papo.

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O primeiro sinal foi a demissão voluntária de Eliseu Padilha do Ministério da Aviação Civil. Se ele era o articulador político do governo até há pouco, dono, portanto de uma agenda poderosa e deixa o governo o motivo é somente um: articular contra o governo.

Ele não entende nada de aviões, mas tem o mapa da mina da Câmara com os nomes, telefones, datas de nascimento e nomes das secretárias dos deputados suscetíveis a um convite indecente para alguns, honroso para outros. “Vote em Temer e venha governar conosco”.

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Ele sai do governo para ir atrás dos votos pró-impeachment ou pró-Temer, o que é a mesma coisa.

Ele sai do governo para tentar entrar na história, não importa se pela porta dos fundos.

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Enquanto o Planalto se lamenta ou se diz perplexo o outro lado já está em campo suando a camisa.

E se os homens do Planalto não fizerem o mesmo, ba-bau. Ou bye, bye Dilma.

O problema é que Padilha tem a oferecer um governo novinho em folha. E o Planalto apenas sangue, suor e lágrimas.

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