Esse post foi escrito pelo ministro da educação, e não pelo coleguinha do seu filho
"Não seria a hora desse ministro entender de que forma a população espera que ele se manifeste?", questiona a jornalista Denise Assis, do Jornalistas pela Democracia, sobre uma postagem feita pelo ministro da Educação, Abraham Weitraub, com erros crassos e ofensas para atacar o presidente francês, Emmanuel Macron
Por Denise Assis, para o Jornalistas pela Democracia - Estivesse o nome do autor, escondido, você poderia pensar que o post acima foi escrito pelo coleguinha de escola do seu filho adolescente. Porém, para tristeza, constrangimento e vergonha – nunca se escreveu tanto essa palavra, meu Deus! – trata-se da “opinião” emitida pelo senhor que deveria justamente cuidar da educação do país, sua excelência o ministro.
Ao expressar-se desta maneira numa rede social, o infelizmente ministro da Educação (o quanto me custa escrever isto...) está dando o direito a que seu filho coloque embaixo do seu post outras tantas bobagens. Ou que muitos acrescentem comentários desairosos, num sem fim de baixarias contra nada menos que o presidente da França, com quem, sabe-se lá, dia desses tenha que sentar-se à mesa para negociar algum projeto conjunto para a Educação entre os dois países. E aí, é hora de perguntar: com que cara?
Ao que parece, no entanto, esse tipo de avaliação, ou ponderação, melhor dizendo, não passa pela cabeça deste que deveria dar o exemplo de refinamento e compostura. Se, não, por ele próprio – afinal é um homem feito, fora da idade de estar criando post em tom adolescente - pelo menos em razão do cargo que ocupa. A pasta de Educação tem sido vítima dos mais desqualificados quadros. Logo ela.
O que este senhor que se presta a fazer a dança da chuva, não sabe, é que o seu post pode atravessar fronteira e cair tão mal na França, quanto o comentário misógino do presidente a quem serve. Ou melhor. Servir mesmo ele deveria servir a todos nós e, por isto mesmo, seria bom levar em conta que não concordamos com suas “tiradas” adolescentes”.
E é o caso de perguntar: “ferro no Macrón” - grafado errado, com acento, quando o mundo sabe que o nome do presidente francês não leva “grampinho” (para falar de modo bem infantil, a fim de que este senhor entenda) - por quê? Foi ele o desrespeitado, foi ele o ofendido e chamado de “idiota”. Não seria a hora desse ministro entender de que forma a população espera que ele se manifeste? A propósito, se alguém anda precisando de um corretivo, não é o presidente Macron. Por nós, este senhor, com nome de marca de enceradeira dos anos 1960 já foi reprovado há muito tempo. Pede para sair!
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.
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