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Paulo Fiorilo

Ele é deputado presidente do diretório municipal do PT

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Estado de SP alcança a triste marca de 100 mil óbitos por Coronavírus

O Estado mais rico da federação poderia ter sido mais ousado nas medidas de restrição e isolamento e nas contrapartidas para que a população vulnerável pudesse ficar em casa

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Pautado pela ciência. Com essa retórica, repetida insistentemente por João Doria em suas infindáveis coletivas de imprensa, o estado de São Paulo atinge a triste marca de 100 mil vidas perdidas para o Coronavírus.

Se por um lado o governador parece, de fato, acreditar que a vacinação em massa é a solução para o retorno à vida normal, acionando o Instituto Butantan e sua fundação privada como porta-vozes da principal vacina aplicada hoje no Brasil, a Coronavac, por outro lado o alto índice de letalidade da doença e as constantes mudanças no chamado Plano São Paulo de contingenciamento da pandemia denotam que o governador Doria fala muito e faz pouco. Um marqueteiro de ilusões, de olho na disputa eleitoral de 2022.

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Passados quase quatro meses do início da imunização no estado, apenas 10% dos 45 milhões de habitantes que vivem por aqui foram devidamente imunizados com as duas doses de vacina. Culpa do governo federal, que não comprou outros imunizantes quando teve oportunidade, dirá o governador paulista. Verdade. Como também é verdade que Doria até agora, mesmo autorizado por Lei, não formalizou tratativas para comprar outros imunizantes de forma direta, diante do atraso do Plano Nacional de Imunização. 

O Estado mais rico da federação poderia ter sido mais ousado nas medidas de restrição e isolamento e nas contrapartidas para que a população vulnerável pudesse ficar em casa. Ao invés disso, cortou recursos das Santas Casas de Misericórdia, do Orçamento da Saúde e da própria pesquisa científica, em plena pandemia, fato que talvez ajude a explicar a alta letalidade de 3,4% entre os pacientes com Covid e quase três milhões de contaminados. 

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O que se viu na verdade foi um governo autoritário, que vem gerenciando a crise da pandemia por Decreto, sem ouvir o Parlamento e nem a sociedade. Para se ter uma ideia, a gestão “ditadoria”, normatizou por Decreto 79 medidas voltadas ao tema pandemia, entre março de 2020 e maio de 2021. No mesmo período, foram apresentados ao menos 260 Projetos de Lei de deputados versando sobre o coronavírus e destes, pouquíssimos foram aprovados.

Neste momento em que 100 mil famílias choram suas perdas, o Estado volta a reabrir setores, ampliar horários de funcionamento, semana após semana, uma fase de transição inventada pelo governo estadual para sinalizar trégua aos empresários e setores econômicos incomodados com as restrições.

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Ao invés de atender as pressões  o Estado tem a obrigação de zelar pela vida das pessoas. Para isso é fundamental utilizar o altíssimo superávit financeiro de R$ 7,4 bilhões no ano de 2020, divulgado no último Balanço Patrimonial, e abrir créditos adicionais para garantir uma Renda Básica Emergencial para as famílias em extrema pobreza, já cadastradas no Bolsa Família. Ao custo de R$1,5 bilhões, 4,6 milhões de pessoas teriam um sopro de dignidade.

Prioridades, trata-se disso. As medidas de restrição salvam as vidas do vírus da Covid enquanto não há vacina para todos. As políticas sociais salvam as pessoas da fome, enquanto não é possível trabalhar e batalhar pelo próprio sustento.

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