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Valéria Guerra Reiter

Escritora, historiadora, atriz, diretora teatral, professora e colunista

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Estado teocrático neoliberal perverso... ou Lula Lá

A fala da primeira dama em rede nacional traduz o quanto estamos sob o comando das fake news gestadas por uma teocracia neoliberal

Cristiane Rodrigues Brito e Michelle Bolsonaro (Foto: Reprodução)

A fala da primeira dama em rede nacional traduz o quanto estamos sob o comando das fake news gestadas por uma  teocracia neoliberal. E o último dia das mães foi escolhido para despertar um sentimentalismo falsamente barato.

Somos um povo tradicionalmente alegre com nossa pluralidade cultural típica de cada região brasileira; que estão transformando em fundamentalismo pseudo-religioso

Ficou nítido para todos e todas o tom de campanha partidária politiqueira embutida naquele pronunciamento artificial e tosco. Mas o pior é assistir a tal espetáculo sabendo que a corrupção (hoje) é mãe de um governo que foi  eleito com o bordão;: “A mamata vai acabar”.

O pastor que disse que os mendigos precisam passar por isto; pois sua situação é divinamente justificada; em minha opinião: deveria estar preso. Veja o trecho: “O pastor Marcos Granconato, líder da Igreja Batista Redenção, escreveu em suas redes sociais que "a maioria dos mendigos têm o dever bíblico de passar fome". A postagem, feita no domingo (1º), não está mais visível. Após o comentário, muitas pessoas passaram a criticá-lo.

De acordo com o religioso, os mendigos devem passar fome, "pois Paulo diz aos tessalonicenses: 'Se alguém não trabalha, que também não coma'". A publicação chegou a ter mais de 750 comentários e ao menos 250 compartilhamentos, antes de o pastor restringir quem poderia se manifestar ali.

Voltando ao pronunciamento do Dia das Mães, senti vergonha alheia ao (sob forma de pesquisa jornalística) ter assistido às expressões roboticamente sombreadas de hipocrisia; em um país em que existem 12 milhões de desempregados. E onde a mortalidade infantil é alta. E como poderemos chegar a um estado de bem-estar social? Caso a experiência fascista de 2018 persistisse por mais quatro anos... 

 Ainda bem que rumamos ao Lula lá...

 

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.