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Joaquim de Carvalho

Colunista do 247, foi subeditor de Veja e repórter do Jornal Nacional, entre outros veículos. Ganhou os prêmios Esso (equipe, 1992), Vladimir Herzog e Jornalismo Social (revista Imprensa). E-mail: joaquim@brasil247.com.br

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“Estou indignado”, diz Tony Garcia sobre a decisão do CNJ que favoreceu os juízes Danilo e Gabriela Hardt

O empresário, que foi agente infiltrado de Moro e confessou ter cometido crimes por ordem dele, promete fazer novas denúncias

Tony Garcia, Danilo Pereira Júnior e Moro (Foto: Reprodução | Ajufe | ABR)
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O empresário Antônio Celso Garcia, o Tony, reagiu indignado ao julgamento do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) que revogou a decisão do corregedor Luis Felipe Salomão de afastar os juízes Danilo Pereira Júnior e Gabriela Hardt.

“Tenho certeza de que os conselheiros que votaram a favor dos dois juízes não conhecem as denúncias contra ele, muito menos suas fundamentações”, disse Tony, que deu uma entrevista contundente à TV 247 (veja abaixo).

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Tony também reúne novas provas contra Danilo Pereira Júnior, que, segundo ele, continua obstruindo a Justiça. O juiz, que assumiu a 13a. Vara Federal de Curitiba, não teria entregue aos delegados da Polícia Federal parte dos procedimentos realizados por Sergio Moro que comprovariam o uso de Tony Garcia como agente infiltrado, a partir de 2004.

“Isso é obstrução de justiça”, declarou Tony, que nunca teve relacionamento pessoal com Danilo Pereira Júnior, mas o conhece desde que era fornecedor dos produtos entregues ao consórcio Garibaldi.  

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Danilo era advogado do grupo quando o Banco Central decretou intervenção no consórcio, na década de 90, sob alegação de que houve fraude. Uma das pessoas apontadas no relatório do Banco Central como beneficiária da fraude foi a esposa de Danilo Pereira Júnior,Mauritânia Bogus.

Alguns anos depois, Danilo passou no concurso para juiz federal no Paraná e procurou o ex-diretor do Garibaldi Agostinho de Souza, para convencê-lo a prestar depoimento para um colega, Sergio Moro, que havia reaberto o caso do consórcio.

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Agostinho fez acusações duras contra Tony Garcia, entre elas a de que teria sido ameaçado de morte. Com base nessas declarações, Sergio Moro iniciou um movimento para derrubar o habeas corpus que impedia a Vara de Curitiba de dar sequência ao processo contra Tony Garcia.

Moro conseguiu o que queria, e, liberado pelo STJ, mandou prender o empresário, que tinha sido deputado estadual e disputado três vezes a eleição para o Senado, sempre com votação expressiva. Tony foi colocado em uma cela insalubre da Polícia Federal e saiu de lá quando Moro o convenceu a executar cerca de 30 tarefas para ele, só uma relacionada ao consórcio.

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Ao mesmo tempo em que trabalhava como agente infiltrado de Moro, Tony processou Agostinho de Souza por danos morais e obteve dele, numa audiência, a confissão de que, pressionado, havia inventado a história da ameaça.

Mais tarde, Tony também soube que a esposa do juiz Danilo Pereira Júnior não havia sequer prestado depoimento a Moro. “O Danilo foi protegido! E por quê? Porque ajudou Moro a construir uma farsa contra mim”, disse.

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Em outro depoimento prestado por Agostinho de Souza a Moro, o advogado de Tony, Antonio Figueiredo Basto, perguntou a ele por que a mulher de Danilo tinha sido contemplada no consórcio. 

Agostinho admitiu que foi fraude, já que o sorteio tinha sido fajuto e se destinava a repassar verbas trabalhistas ao advogado do consórcio, hoje juiz.

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A indignação de Tony Garcia também se estende à revogação do afastamento de Gabriela Hardt.  A juíza tomou o depoimento em que o empresário relatou crimes que cometeu por ordem de Moro. “Ela prevaricou ao não mandar apurar a denúncia ou encaminhá-las para o foro adequado”, destacou.

Em vez de disso, Gabriela marcou uma audiência em que, tudo indica, revogaria o acordo de colaboração de Tony Garcia e, como consequência, mandaria o empresário de volta à prisão.

A audiência foi suspensa pelo ministro Dias Toffoli, do STF, em maio do ano passado, depois que Tony Garcia deu  entrevista à TV 247 e relatou o que fez por ordem de Moro, e apontou a prevaricação da juíza.

Danilo Pereira Júnior também deixou suas digitais nesse movimento para blindar Moro e asfixiar Tony Garcia. Como substituto no TRF-4, ele deixou de apreciar um pedido para que o depoimento do empresário fosse remetido para o STF, onde Moro tem foro privilegiado.

“Veja o absurdo: quem participou da farsa do processo do consórcio Garibaldi e depois protegeu Moro está hoje com a chave do cofre onde estão as provas dos crimes do ex-juiz e da Lava Jato”, afirmou.

É que Danilo Pereira Júnior, depois de votar pela suspeição de Eduardo Appio, assumiu seu lugar na 13a. Vara Federal de Curitiba. É como se a raposa passasse a tomar conta do galinheiro. E o CNJ, contrariando seu corregedor, nada fizesse para proteger as galinhas.

“Enquanto o Danilo Pereira Júnior estiver na 13a. Vara Federal de Curitiba, haverá uma mancha no Judiciário. Ele precisa ser afastado pelo bem da própria Justiça”, finalizou Tony Garcia.


 

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