Eu, moça bonita cabeçudona do Ceará

Há algo curioso no modo como a mídia e setores do poder se comportam quando um governo começa a colher frutos positivos, especialmente quando esse governo tem o nome de Lula. Tudo que ele diz, faz ou até mesmo o que não faz vira motivo de debate, de escândalo e, muitas vezes, de distorções. O recente episódio envolvendo o comentário sobre o "cabeçudão do Ceará" e as declarações de Lula sobre a aparência de Gleisi Hoffmann são apenas mais um capítulo dessa narrativa que, mais do que criticá-lo, visa desacreditar o iminente sucesso de seu governo.

Lula, em sua forma única de ser, não se esquiva das falas informais e descontraídas. Se isso é um erro de comunicação, a política brasileira já viu muitos outros líderes cometerem erros bem mais graves… com sucesso. A questão é que ele não está apenas fazendo um comentário infeliz ou "puxando papo", mas está sendo alvo de um ataque sistemático, de uma tentativa de desestabilização que vai além das palavras e atinge um objetivo muito claro: enfraquecer seu governo em um momento crucial. E não importa aqui se você pessoalmente achou que o comentário foi fora de tom ou de tempo, a não ser que você seja jornalista ou editor de um grande jornalão. 

Justamente na mídia do país que odeia mulheres, despertou um súbito interesse em defender a ministra que já havia declarado a TV Globo como inimiga pública. É curioso que o mesmo setor que lucrou com as secas sazonais do Nordeste, explorando nossa miséria e que sempre odiou nosso sotaque, de repente se preocupa com como nos sentimos. Te alui.

No momento em que o Brasil começa a apresentar resultados significativos, como o crescimento do PIB, a redução do desemprego e o fortalecimento da economia, é preciso lembrar que essas vitórias não são bem-vindas para todos. A mídia comercial, com seu padrão de narrativa enviesada, tenta sempre colocar Lula e Bolsonaro no mesmo balaio, como se ambos fossem figuras comparáveis. Mas qualquer comparação entre esses dois é, no mínimo, um desrespeito à história recente do Brasil, às mulheres e aos nordestinos. Bolsonaro, com seu comportamento misógino e seu desprezo pelas classes populares, agiu de forma a sabotar não só a democracia, mas também a confiança do povo brasileiro no processo eleitoral. Ao contrário dele, Lula busca, com suas falas e suas ações, restabelecer a confiança no governo e na política pública.

O que se está tentando fazer agora, no entanto, é justamente colocar o governo de Lula em um lugar de desconfiança, uma posição onde qualquer fala descontraída vira combustível para gerar crise. O caso de Guimarães, chamado por Lula de "cabeçudão", um secreto orgulho da inteligência cearense (não espalhem!), é um exemplo claro do jogo político que acontece quando se tem um governo que, de fato, começa a acertar. Porque, no fundo, o que está em jogo não é a expressão que tanto nos humilhou, mas a continuidade de um projeto político que vai contra interesses conservadores e elites que se beneficiaram de um Brasil distante da democracia e da justiça social. 

A crise, se é que podemos chamar assim, gerada por esses comentários não passa de uma tentativa de manipulação, uma forma de criar uma narrativa de desestabilização onde não há necessidade. Ao tentar diminuir Lula a partir de algo tão pequeno, esses setores não fazem mais do que confirmar que ele está no caminho certo. E como mulher bonita cabeçudona do Ceará, posso afirmar que a tentativa de desacreditar um governo que está, sim, trazendo melhorias reais para o povo brasileiro, não é nada mais do que uma estratégia para barrar um projeto que, finalmente, traz uma economia mais justa e equilibrada para todos.

Se a mídia e os adversários políticos pensam que vão conseguir minar a popularidade de Lula com falas e ataques como esse, estão redondamente enganados. Porque, no fim, a população sente as mudanças e o que está em jogo é mais do que palavras vigiadas: é o futuro do Brasil. E esse futuro, que começa a se desenhar com mais oportunidades de emprego, crescimento econômico e justiça social, está cada vez mais próximo, independentemente das manobras daqueles que torcem contra o progresso.