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Eduardo Guimarães

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EUA avisam Bolsonaro: se Lula vencer, leva

Eis por que Bolsonaro está correndo atrás de dar aos pobres, no último ano do seu governo, o que negou nos três anos anteriores: golpe deixou de ser uma opção

Ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Jair Bolsonaro (Foto: Ricardo Stuckert | ABr)
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Eduardo Guimarães

Acaba de ocorrer fato político surpreendente envolvendo Brasil e EUA: o governo norte-americano pegou pesado contra Bolsonaro e seus milicos amestrados.

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A revista "Veja" publica reportagem sob o título "Nos EUA, Fachin reconhece que eleição tem risco de golpe"; o jornal "O TEmpo" noticia que Joaquim Barbosa vê risco de golpe no Brasil. Quem diz isso são um ministro e um ex-ministro do STF. "Apenas" isso. 

No início da tarde de quinta-feira, 7 de julho de 2022, a imprensa brasileira noticia que o Congresso dos EUA pode aprovar uma emenda ao Orçamento do país punindo o Brasil se os militares tentarem um golpe de Estado a mando de Bolsonaro. 

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O projeto de lei foi noticiado primeiro pelo jornalista Brian Mier no site estadunidentes "Brasilwire" e prevê a descontinuação da ajuda de segurança caso se determine que as Forças Armadas tiveram “papel decisivo” nas eleições ou promoveram um "golpe de Estado".  

O projeto de lei norte-americano tem cinco pontos que exigiriam punição ao Brasil:

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1 - Se as Forças Armadas “interferiram, impediram ou obstruíram a votação, operações de contagem ou operações eleitorais por autoridades eleitorais independentes”;

2 - Se as Forças Armadas “manipularam, procuraram manipular ou cancelaram os resultados das eleições”;

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3 - Se as Forças Armadas “envolveram-se em esforços coordenados de informação ou comunicação para minar a fé popular e a confiança em autoridades eleitorais independentes ou questionaram a validade dos resultados eleitorais”;

4 - Se as Forças Armadas “usaram mídias sociais ou outros sistemas de comunicação de massa, incluindo aplicativos de mensagens móveis, para tentar influenciar opiniões generalizadas sobre a validade dos resultados eleitorais ou com relação à conveniência de qualquer resultado específico";

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5- Se as Forças Armadas “encorajaram, incitaram ou facilitaram atividades ou rebeliões em relação aos processos eleitorais, a apurações eleitorais ou a resultados eleitorais, antes e depois das eleições presidenciais”.

Tudo, absolutamente tudo que o governo Bolsonaro e seus milicos amestrados vêm fazendo.

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Segundo uma porta-voz da Casa Branca, no mês passado, durante a primeira reunião bilateral entre os dois presidentes, Biden disse que confia no sistema eleitoral brasileiro — o que, em linguagem diplomática, significa que ele não endossa as suspeitas do presidente do Brasil.

Em agosto de 2021, o conselheiro de Segurança Nacional da Casa Branca, Jake Sullivan, advertiu o presidente brasileiro Jair Bolsonaro contra interferir nas próximas eleições, manifestando preocupação com as denúncias desprovidas de fundamento de Bolsonaro contra o voto eletrônico.

Em abril deste ano, o ex-consul dos EUA no Brasil Scott Hamilton publica matéria no jornal "O Globo" em que avisa que "Uma tentativa de [Bolsonaro] interferir na integridade do processo eleitoral brasileiro será objeto de repúdio absoluto e de sanções punitivas a todos os envolvidos, impostas simultaneamente por um amplo grupo de países"

A proposta em trâmite no Congresso norte-americano pede que o Secretário de Estado apresente um relatório “sobre todas as ações tomadas pelas Forças Armadas do Brasil com relação às eleições presidenciais de 2022″ porque se o Brasil for punido não poderá mais acessar fundos destinados a programas globais de saúde, a missões de paz, a auxílios contra desastres, a crises migratórias e de refugiados, a conservação ambiental, a combate ao tráfico internacional de drogas, ao antiterrorismo etc.

Recentemente, o porta-voz da Casa Branca relatou que o atual presidente, o democrata Joe Biden, disse a Bolsonaro que espera que os resultados das eleições brasileiras sejam respeitados.

Eis por que Bolsonaro está correndo atrás de dar aos pobres, no último ano do seu governo, o que negou nos três anos anteriores: o golpe deixou de ser uma opção para ele.

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