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Hely Ferreira

Hely Ferreira é cientista político

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Euforia científica

Na medida em que as campanhas eleitorais estão cada vez mais profissionalizadas, o candidato que desconsidera as pesquisas poderá ser tragado pelos adversários que procuram perquirir a partir do que elas revelam

Pensador pré-socrático, Heráclito de Éfeso é considerado o precursor do pensamento dialético. Para ele, o mundo é algo dinâmico, em constante transformação e impulsionado pela força dos contrários. Tendo como base o pensamento do pai da chamada escola mobilista, devemos ficar atento ao quadro que aos poucos vem se avizinhando, no que tange as pesquisas eleitorais.

 Se as urnas não resolverem aprontar peripécias como os deuses gregos costumavam fazer com seus devotos e as pesquisas estiverem demonstrando a radiografia do momento, o quadro eleitoral na região metropolitana, sertão e agreste, isso pelo fato de que a zona da mata sempre foi preterida, vez que, nunca aparece pesquisa para lá, aos poucos vamos tendo um desenho mais real de como poderá vir a ser no dia 15 de novembro. 

Nunca é demais lembrar que sendo a sociedade mutante, as pesquisas eleitorais seguem a mesma linha. Elas  servem de balizamento, além de ajudar ao que se entende por previsibilidade das urnas. Mesmo assim, vale salientar à máxima que atribuem ao ex-candidato a governador de Pernambuco, o Senhor João Cleofas de Oliveira que “a desilusão das urnas é pior que a desilusão amorosa”. Portanto, as pesquisas não são infalíveis, mas quando feitas de maneira responsável, é possível apontar o cenário com relação ao desempenho dos candidatos. 

 Na medida em que as campanhas eleitorais estão cada vez mais profissionalizadas, o candidato que desconsidera as pesquisas poderá ser tragado pelos adversários que procuram perquirir a partir do que elas revelam.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.