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Alex Solnik

Alex Solnik, jornalista, é autor de "O dia em que conheci Brilhante Ustra" (Geração Editorial)

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Ex-mordomo de filme de terror, Temer é o fantasma do G-20

"Ele é o homem errado no lugar errado. É visível que ninguém o quer ali. Seria o caso de alguém dizer para ele voltar rapidinho porque quanto mais tempo ele fica na Alemanha mais o Brasil passa vergonha", escreve Alex Solnik, sobre Michel Temer na Alemanha, onde participa do encontro do G-20; "Todos nós, brasileiros, passamos vergonha junto com ele quando acontecem essas cenas constrangedoras. O prejuízo é incalculável", diz Solnik

Michel Temer, Präsident Brasiliens, bei der Ankunft zum G20-Gipfel auf dem Flughafen Hamburg. (Foto: Alex Solnik)

Fiquei assustado com a cena.

No salão de reuniões do G-20, pouco antes do início. Estão lá os chefes de estado mais poderosos do planeta, uns conversando com outros. De repente, entra Temer do lado direito da tela.

Sozinho, acabrunhado, passa ao lado de Putin e Merkel que estão no maior bate-papo.

Eles não dão a menor pelota para ele; ele não tem coragem de sequer cumprimentá-los.

Parece que nem o enxergam, como se ele fosse um fantasma.

Ninguém o chama para conversar, ninguém tem o que falar com ele. Os chefes de estado sabem que ele é um ex-presidente, só não contaram para ele.

Ele é o homem errado no lugar errado.

É visível que ninguém o quer ali.

Seria o caso de alguém dizer para ele voltar rapidinho porque quanto mais tempo ele fica na Alemanha mais o Brasil passa vergonha.

É isso, senhores: todos nós, brasileiros, passamos vergonha junto com ele quando acontecem essas cenas constrangedoras.

O prejuízo é incalculável.

Tem que impedir esse homem de sair do país.

Bem, talvez nem seja necessário proibir. Essa deve ser a sua última viagem presidencial.

A manchete que melhor a define é: "Ex-mordomo de filme de terror virou o fantasma do G-20".

Eu só não entendo porque Zé do Caixão ainda não o convidou para fazer dupla com ele no próximo filme.

Do jeito que vai o Brasil não entra nem no G-30.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.