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Adilson Roberto Gonçalves

Pesquisador científico em Campinas-SP

181 artigos

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Falsas controvérsias

Não podemos aceitar cortinas de fumaça que diuturnamente são lançadas

(Foto: Reprodução/Youtube)
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Sim, a controvérsia nos 100 dias de Lula seria inexistente porque não há base de comparação com o governo anterior, a menos que se recuasse vinte anos para comparar Lula com Lula. Sob Bolsonaro, a Folha não fez editorial sobre os cem (ou sem) dias de governo, optando para falar dos 80 tiros disparados pelo Exército, matando um inocente no Rio de Janeiro e destacando a eleição para o parlamento indiano. Talvez o espanto pela ascensão da extrema-direita ao poder não permitisse tal alocução, como agora é possível com um governo de verdade, incluindo acertos e erros. Somente no dia seguinte, quatro anos atrás, houve manifestação, com ênfase sobre a cerimônia e queda de popularidade e pouco sobre realizações.

No mais, não podemos aceitar cortinas de fumaça que diuturnamente são lançadas. A inelegibilidade de Bolsonaro é apenas o primeiro passo para sua devida punição. Para quem praticou ininterruptamente crimes contra o Estado Democrático de Direito e contra a saúde da população, apenas não ter o direito de disputar eleições equivaleria a uma absolvição. O bolsonarismo persiste nas redes sociais, instigando o ódio e a violência, espalhando mentiras dos mais diversos matizes. Se, ao menos, o que foi eleito como representante dessa corja fosse exemplarmente punido, renovaríamos a esperança de tempos melhores.

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Durante o esfumaçamento de fatos em que vivemos, o ombudsman da Folha tentou alertar o jornal por tratar as manchetes da semana sobre privatização e aprovação de Lula. Foi publicado o inverso, com ênfase nos que são favoráveis à privatização, mesmo sendo minoria, e o índice de rejeição de Lula estar no mesmo patamar de Bolsonaro, omitindo que o de aprovação é maior. A Folha não publica este tipo de comentário, já afirmei neste espaço, mas o alerta do ombudsman apenas revela o óbvio: nunca houve e nunca haverá imprensa isenta. Aliás, os termos são conflitantes, tal qual sonhar com um partido político que atenda a todos os anseios da sociedade. O discurso de ser plural apenas acrescenta um “s” ao nome. Com dois deles sabemos muito bem onde vai dar.

Outro alvo agora é Cristiano Zanin, eleito como persona non grata pelos jornalões que não o querem no STF. Assim, concordo em parte com os autores, professores universitários, do artigo intitulado “Uma falsa controvérsia”, em que defendem essa indicação, pois os princípios constitucionais estão sendo respeitados na essência, mas é difícil a representatividade absoluta. O mandatário eleito não explicita todos os servidores que irá indicar ou nomear antes do voto. Consultar seus eleitores a cada tomada de decisão se aproximaria da democracia direta, mas tornaria o andamento da República inviável. De qualquer forma, uma maior proximidade seria bem-vinda, ainda mais em tempos de acesso rápido a sistemas eletrônicos, caminhando o conceito de freios e contrapesos mais favorável ao povo, o supremo senhor da democracia.

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