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Alex Saratt

Alex Saratt, professor de História nas redes públicas municipal e estadual em Taquara/RS e dirigente sindical do Cpers/Sindicato.

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Feliz Tempo Novo! Nós voltamos, agora se trata de vencer

A tragédia dos yanômamis, seres humanos reduzidos à indigência, sofrimento e morte, é apenas a ponta de uma árvore tóxica e maligna com raízes profundas

(Foto: Condisi-YY/Divulgação)
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 Quando vi as imagens, chorei. Primeiro, de raiva e revolta; depois, de tristeza; ao fim, por justiça.

 

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 Ensina a pesquisa rápida que o etnônimo "Yanômami" (termo gentílico criado pelos antropólogos para designar o referido povo indígena) significa "seres humanos" e é o que os diferencia dos demais elementos vivos ou espirituais da natureza dentro de sua cultura e cosmovisão.

 

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 Seres humanos, vejam vocês. Nada mais distante de qualquer traço de humanidade do que as chocantes, repugnantes, ignóbeis cenas retratadas pelos agentes federais enviados à reserva tanômami, terra desde muito tempo açoitada pela ação de grileiros, fazendeiros e garimpeiros, sob a omissão e mesmo o estímulo e beneplácito de governos, empresários e da sociedade.

 

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 Em nome de uma suposta soberania ou da expansão agrícola e comercial e seus dividendos ou da ganância por ouro e pedras preciosas ou pelo simples ódio aos povos originários vimos as provas de um crime selvagem, com requintes de crueldade, coberto mal e porcamente pela rede de mentiras que governou o país.

 

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 São muitas as violações e brutalidades que vivemos na longa noite escura dos seis anos. O Golpe de 2016 desencadeou um dos mais violentos processos involutórios já conhecidos por esse chão acostumado a ter a marca de sangue e morte aos longo de seus mais quinhentos anos de existência.

 

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 Faltou a vacina, faltou o ar; faltou a comida, faltou a vida. Em plena era da suficiência, da fartura, do excesso e do desperdício, padecemos pela miséria ávara, pelo egoísmo mesquinho e pela escassez proposital e planejada, método e fim de uma política calculada de extermínio bestial.

 

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 Não foi um acaso ou um fenômeno da natureza, foi aquilo que convecionamos chamar de "necropolítica". E sua concepção, execução e regozijo tem DNA e nome e sobrenome: Jair Messias Bolsonaro, o rufião que simula exílio para escapar da Justiça por seus inúmeros crimes à frente da Presidência do Brasil.

 

 A tragédia dos yanômamis, seres humanos reduzidos à indigência, sofrimento e morte, é apenas a ponta de uma árvore tóxica e maligna com raízes profundas. Muitos outros povos indígenas, quilombolas, populações de periferia - majoritariamente negra - e pobres em geral viveram o Inferno na Terra com a política fascista, negacionista e genocida de Bolsonaro.

 

 É preciso que o mundo saiba de seus crimes e se monte um grande movimento internacional para que nenhum país aceite em seu solo aquele que é o responsável por essa desgraça, permitindo que seja julgado pelos crimes contra a humanidade. Afora isso, para além das ações já em curso feitas pelo governo do presidente Lula, resta criar - como fez o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, o MST - uma potente rede de solidariedade e abastecimento que não só auxilie materialmente os yanômamis e outros povos e populações, mas de modo pedagógico ensine e recupere na mente e no espírito das pessoas os princípios humanistas e civilizacionais mais generosos e elevados.

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