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Keiji Kanashiro

Fundador do PT, foi Secretário Executivo do Ministério dos Transportes no governo Lula, foi Secretário de Logística e Transportes do governo do Mato Grosso do Sul e assessor técnico da Liderança do PT na Câmara dos Deputados

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FHC & CIA - O elogio a traição

Depois do PT anunciar Haddad como candidato a vice-presidente na chapa de Lula, setores da esquerda iniciam uma polêmica sem sentido, acusações de traição de lado a lado, em minha opinião inoportuna e sem sentido. Os inimigos são os golpistas e o império

FHC & CIA - O elogio a traição (Foto: RENATO ARAUJOA/Br)
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Depois do PT anunciar Haddad como candidato a vice-presidente na chapa de Lula, setores da esquerda iniciam uma polêmica sem sentido, acusações de traição de lado a lado, em minha opinião inoportuna e sem sentido. Os inimigos são os golpistas e o império. Primeiro porque foi devido a uma manobra do TSE, no sentido de inviabilizar a candidatura Lula. Segundo porque a direção do PT e o próprio Lula deixaram bem claro que ele é o candidato do PT e a Manuela será vice. Haddad como coordenador do programa do PT, estará vice até a definição da candidatura Lula, para debater com a sociedade o que PT fará no seu quinto mandato.

Em 1973, no auge da ditadura militar brasileira e as vésperas da revolução portuguesa, o que criou obstáculos à montagem da peça, Chico Buarque e Ruy Guerra escrevem a peça Calabar Um Elogio a Traição. A peça tem como cenário a invasão holandesa em Pernambuco no século XVII e cria um debate ideológico sobre a questão da lealdade traição, sobre traidor e traição, numa clara alusão à conjuntura política no Brasil na década de setenta.

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Domingos Fernandes Calabar, um mameluco filho de pai português e de mãe indígena, nascido no atual Estado de Alagoas, na região de Porto Calvo. Educado numa escola dos padres jesuítas, era conhecido como Senhor dos Engenhos e ainda antes da invasão holandesa, possuía três engenhos de açúcar naquela região. Em 1630, quando da invasão holandesa no território pernambucano, Calabar larga seus negócios e ingressa nas forças portuguesas comandadas pelo por Matias de Albuquerque, e participa da organização de várias guerrilhas para impedir a entrada dos holandeses no Brasil.

No entanto, a geopolítica da época era muito complicada. Neste período, Brasil era colônia portuguesa e Portugal desde 1580 era dominado pela Espanha. A guerra dos oitenta anos que a Holanda travava contra o domínio espanhol sobre os sofridos Países Baixos (1568-1648). Portanto, neste período a Espanha era uma inimiga comum de Portugal e Holanda. Em 1932, Calabar rompe com os portugueses e passa a apoiar os holandeses e sua participação seria fundamental na conquista de várias regiões das capitanias de Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte. Em 1635, Calabar e seus companheiros participavam de uma luta contra lusitanos na região de Porto Calvo, quando foi traído por Sebastião do Souto, e Calabar acabou sendo capturado, acusado de traição, condenado a morte. No dia 22 de julho de 1635. Domingos Fernandes Calabar, foi enforcado e teve seus restos mortais esquartejados e espalhados em praça pública. Calabar, pela história oficial é considerado como o primeiro traidor do Brasil. No entanto, muitos historiadores consideram que ele foi um herói, porque via na aliança com os holandeses uma forma de acabar com a dominação portuguesa que estava saqueando país roubando todas as suas riquezas.

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Na história do Brasil, desde Joaquim Silvério dos Reis, esse sim um traidor de verdade que na história recente só poderíamos comparar a Carlos Lacerda que teve participação decisiva no golpe contra Getúlio e no golpe civil-militar de 1964. Agora tanto Silvério como Lacerda devem estar comemorando, quando o golpe de 2016 revela mais traidores do que em 500 anos na história do país. Estes traidores que arquitetaram e orquestraram o golpe de 2016, através do governo dos Estados Unidos, e seus órgãos de espionagem (NSA e CIA), com a participação de seus parceiros da burguesia nacional em especial empresas do setor financeiro e políticos de sua confiança como Fernando Henrique Cardoso, em minha opinião o principal articulador do golpe e sério candidato a entrar para a história como o maior traidor da pátria. Mas esta disputa será intensa, pois concorrem a este título algumas figuras importantes como Michel Temer, Aécio Neves, Eduardo Cunha, José Serra, Alkmin, Bolsonaro e tantos outros. Correndo por fora algumas personalidades do judiciário, como Sérgio Moro, Fachin, Carmen Lúcia, etc. Para fechar a lista dos candidatos temos necessariamente de incluir toda grande mídia, lideradas pelas organizações Globo, e todos os representantes do capitalismo financeiro nacional, sem exceção.

Para iniciar o debate, meu voto vai pra Fernando Henrique Cardoso e & Cia, como José Serra, Aloisio Nunes e tantos outros, que algumas décadas atrás transitaram no campo da esquerda e mudaram de lado. Não como Calabar que lutava contra a dominação portuguesa, mas por interesse do imperialismo, leia-se Estados Unidos da América, centro Capitalismo Financeiro Internacional.

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Aguardando seus votos, gostaria de conclamar a todos do campo progressista, nacionalista, e a esquerda em geral para estarem em Brasília no dia 15 de agosto para registro da Candidatura de Lula no TSE. Pra terminar gostaria de saudar os companheiros dos movimentos populares em greve de fome na figura do Frei Sérgio que tive o privilégio e a honra de conhecer em 2006.

Lula Livre, Lula Candidato e Lula Presidente.

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