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César Fonseca

Repórter de política e economia, editor do site Independência Sul Americana

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FHC viu Lula vítima de STJ ideológico

FHC sabe das coisas. Por exemplo, está careca de saber que o julgamento de Lula é puramente ideológico. Ao dizer sobre parcialidade, seletividade do judiciário, o ex-presidente tucano se sentiu incomodado. Sua consciência acusou

FHC sabe das coisas. Por exemplo, está careca de saber que o julgamento de Lula é puramente ideológico. Ao dizer sobre parcialidade, seletividade do judiciário, o ex-presidente tucano se sentiu incomodado. Sua consciência acusou (Foto: César Fonseca)
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No momento em que Lula é indicado para Prêmio Nobel da Paz, pelo argentino Esquivel, também, Prêmio Nobel, graças sua ação política sintonizada com os interesses dos trabalhadores, FHC identifica seletividades e parcialidades no julgamento do judiciário, que nega habeas corpus e o condena, agora, à prisão. FHC sabe que Lula preso fortalecerá a esquerda na próxima eleição presidencial, frente a uma direita comprometida com a injustiça social, sem candidato viável, eleitoralmente. Mais uma vez, FHC muda de posição, no seu zig-zag político, ditado pela realidade em movimento contraditório e antagônico de negação dialética.

Lamento tucano

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FHC sabe das coisas.

Por exemplo, está careca de saber que o julgamento de Lula é puramente ideológico.

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Ao dizer sobre parcialidade, seletividade do judiciário, o ex-presidente tucano se sentiu incomodado.

Sua consciência acusou.

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O judiciário tupiniquim não prende tucano.

Os processos rolam e caem, em linguagem militar, já que estamos vivendo a militarização da política, na expulsória.

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Olha o caso de Aécio Neves e José Serra.

As comprovações de que sujaram as mãos em corrupção se amontoam nas gavetas dos tribunais.

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Simplesmente, não são apreciadas, até que prescrevam, caduquem.

Moro se dá, sempre se deu, bem com os tucanos, que, juntos com os traidores do PMDB, deram o golpe de 2016, com ajuda do judiciário e a da mídia.

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Contra o PT é diferente.

Lenha nele: teoria do domínio do fato, suposições, convicções etc.

Tudo serve para selecionar adequadamente os processos, dando peso e contrapesos a eles, até que se materializem em condenações unânimes, como acaba de acontecer com o STJ, dando de 5 x 0 em Lula.

Unanimidade burra

Repetiu a unanimidade do TFR-4 de Porto Alegre, todos avalizando a parcialidade de Moro, cujo veredito, ancorado nas suposições e convicções dos procuradores da Lavajato, está sendo contestado mundialmente.

Afinal, a prova simples e objetiva que condenaria o ex-presidente petista acabou não aparecendo: o contrato de compra e venda do triplex do Guarujá.

Mais de 70 testemunhas ouvidas pelo juiz de Curitiba declararam não terem visto fatos concretos capazes de condená-lo.

A combinação de argumentos construídos a priori, somados às convicções e às suposições, desembocando em conclusões soltas no espaço, deixando rabos para todos os lados, fizeram rir verdadeiros jurisconsultos, nacionais e internacionais.

Como se sabe, o direito é pura controvérsia, em vez da unanimidade a que chegaram juízes de Curitiba, Porto Alegre e Brasília, numa sintonia fina impressionante.

Ninguém, no mundo do saber jurídico, é capaz de afirmar categoricamente que direito é ciência.

Luta de classes

Ao contrário, sua essência nasce da luta de classes, da disputa pela renda, no confronto entre interesses contraditórios, essencialmente, ideológicos.

Como diz Hegel, a realidade é, essencialmente, dual, controversa, interativa, dialética, cabendo diversos entendimentos, para se chegar a um consenso, quase sempre questionado, à direita, à esquerda e ao centro.

Lula, como fruto essencial, politicamente, falando, da luta de classe, tem lado na disputa entre capital e trabalho: ele é o trabalho, submetido, agora, ao juízo dos tribunais, sintonizados com o golpe de 2016, impulsionado, fundamentalmente, pelo capital financeiro especulativo.

O ex-presidente tocou política econômica e social distribuidora de renda, que valorizou salários, promoveu mercado interno consumidor, democratizou acesso às informações públicas, antes acessíveis apenas às classes dirigentes, fixou políticas de cotas raciais, abriu escolas e universidades públicas aos jovens pobres e negros, vítimas do racismo etc.

Empoderamento político

A continuidade de Lula no poder é sinônimo de empoderamento crescente das classes populares conscientes de si na batalha por gerir, por si mesma, os seus interesses econômicos, sociais e políticos.

Impossível às classes dirigentes, dominadas pelo pensamento escravocrata, aceitar a continuidade desse avanço social que põe termo à escravidão econômica da população, hoje, submetida à bancocracia agiota que age oligopolisticamente, com conivência total da mídia, igualmente, oligopolizada.

Sobretudo, os juízes do TFR-4 e os ministros do STJ quiseram, com suas decisões, ideologicamente, sintonizadas, por termo à ousadia daquele que, como Lula, saiu de Garanhuns para comandar o Planalto, colocando em prática conceitos antagônicos àqueles dominantes, manipulados por elite arrogante, seletiva, preconceituosa, corporativa.

A unanimidade dos juízes é isso aí, corresponde à mesma ação conjunta que tomam para defender o privilégio do auxílio moradia, puro interesse de classe.

FHC, sociólogo, ex-marxista, acumulou conhecimentos suficientes para levá-lo ao repúdio manifestado logo depois do julgamento do STJ.

Pela ótica de FHC, Lula está sob ataque de posições parciais de juízes, que, no contexto da luta de classes, está ao lado do capital contra o trabalho.

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