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Alex Solnik

Alex Solnik, jornalista, é autor de "O dia em que conheci Brilhante Ustra" (Geração Editorial)

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Ficha limpa? Bolsonaro ocultou bens da Justiça Eleitoral

"A matéria de capa da Veja, que esmiúça processo que a sua segunda ex-mulher abriu" contra Jair Bolsonaro, então deputado federal, em 2011, "revela algo mais escandaloso", destaca o colunista Alex Solnik, acrescentando dois fatores: "seu patrimônio era incompatível com seus proventos de deputado federal e aposentadoria militar" e o de que "ele certamente ocultou patrimônio em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral em 2006 e provavelmente também em 2018, o que se enquadra nos crimes de falsidade ideológica e sonegação"

Ficha limpa? Bolsonaro ocultou bens da Justiça Eleitoral (Foto: Adriano Machado - Reuters)

A candidatura de Bolsonaro sofreu mais um abalo sísmico. A matéria de capa da Veja, que esmiúça processo que a sua segunda ex-mulher abriu contra ele, então deputado federal, em 2011, além de revelar traços de seu caráter incompatíveis com os minimamente exigidos de um presidente da República – "comportamento explosivo" e "desmedida agressividade" – e mostrar que ele roubou um cofre no Banco do Brasil com mais de 600 mil reais, revela algo mais escandaloso: 1) seu patrimônio era incompatível com seus proventos de deputado federal e aposentadoria militar, pois segundo a mulher ele recebia 100 mil por mês, apesar de ganhar apenas 26.700 como deputado federal e 8.600 como militar da reserva e 2) ele certamente ocultou patrimônio em sua declaração de bens à Justiça Eleitoral em 2006 e provavelmente também em 2018, o que se enquadra nos crimes de falsidade ideológica e sonegação.

A declaração oficial do Imposto de Renda de 2006, anexada ao processo, indica bens no valor de aproximadamente 4 milhões de reais (8,7 milhões a preços de hoje), mas à Justiça Eleitoral ele declarou pouco mais de 400 mil.

Em 2018, mostrou à Justiça Eleitoral patrimônio de 2,2 milhões, mas apenas um de seus cinco imóveis, a Veja apurou, comprado em 2009 e que fica num condomínio residencial localizado em frente à praia na Barra da Tijuca, no Rio vale ao menos 2 milhões, segundo corretores da região.

A dúvida é se depois dessas revelações ainda haverá brasileiros dispostos a colocá-lo no posto mais alto da República. E se o TSE é capaz de confirmar que ele é ficha limpa.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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