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Chico Vigilante

Deputado distrital e presidente da Comissão de Defesa do Consumidor da Câmara Legislativa do DF

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Fim do trabalho infantil e educação de qualidade devem andar de mãos dadas

A solução do problema está além do descumprimento de metas de políticas públicas, mas sim arraigado na despolitização da sociedade brasileira. Muitos não enxergam que no Brasil existe uma classe historicamente explorada, e que, aliado a esta situação, brotou o preconceito de enxergar como "normalidade" a manutenção da situação social como sempre foi

A solução do problema está além do descumprimento de metas de políticas públicas, mas sim arraigado na despolitização da sociedade brasileira. Muitos não enxergam que no Brasil existe uma classe historicamente explorada, e que, aliado a esta situação, brotou o preconceito de enxergar como "normalidade" a manutenção da situação social como sempre foi (Foto: Chico Vigilante)
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O sociólogo e professor português Boaventura de Sousa Santos considera que "não há nada mais desigual do que tratar desiguais de forma igual".

Esta frase se torna mais incômoda quando a usamos para espelhar a situação de crianças brasileiras obrigadas ao trabalho infantil na cidade e no campo.

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Em audiência pública realizada na Câmara Legislativa, nesta segunda, 12/06, Dia Mundial Contra o Trabalho Infantil, chegamos a tristes conclusões. Temos metas, mas necessitamos de mudanças de paradigmas.

Apesar de preocupado com a questão durante toda minha vida parlamentar, percebi neste último debate que a solução do problema está além do descumprimento de metas de políticas públicas, mas sim arraigado na despolitização da sociedade brasileira.

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Muitos não enxergam que no Brasil existe uma classe historicamente explorada, e que, aliado a esta situação, brotou o preconceito de enxergar como "normalidade" a manutenção da situação social como sempre foi.

Não se pode olhar e tratar da mesma maneira crianças pobres com poucas oportunidades de acesso à escola e ao lazer, e crianças ricas para as quais isso é parte natural de seu cotidiano.

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A deputada Érica Kokay nos lembrou de um preconceito adormecido, que muitos nem chegam a perceber.

"Muitos se incomodam ao ver em situação de trabalho infantil uma criança bem vestida e bem alimentada. No entanto, quando uma criança pobre é vista trabalhando é comum ouvirmos comentários absurdos como: é melhor estar trabalhando do que roubando ou se drogando", observou.

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Outra voz importante na audiência pública, a professora da Unb e doutora em Educação, Edileuza Fernandes, aponta a educação como o caminho natural para o enfrentamento destas desigualdades.

Segundo ela, apesar da meta de universalização (100%) da pré escola (de 4 a 5 anos) até 2016, ter sido quase alcançada, cerca de 500 mil crianças (9,5%) ainda ficaram fora da escola, e isso, principalmente nas regiões mais pobres do país.

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No Distrito Federal, capital do país, a porcentagem de crianças fora da escola é maior que o índice nacional – 12,7% das crianças entre 4 e 5 anos estão fora da escola.

Já o ensino fundamental no DF, considerado por ela universalizado, enfrenta um grave problema: é alto o índice de reprovação, abandono, especialmente no ensino fundamental 2, em torno de 29%.

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Para Edileuza o foco deve ser uma educação de qualidade social com a garantia de acesso aos conhecimentos sistematizados historicamente pela humanidade, bandeira defendida pelos movimentos sociais, educacionais e universidades desde a década de 1990 e até hoje em pauta.

Faço minhas suas palavras ao parafrasear Paulo Freire: a educação sozinha não faz a revolução, mas toda revolução passa pela escola.

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