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Heraldo Campos

Graduado em geologia (1976) pelo Instituto de Geociências e Ciências Exatas (UNESP), mestre em Geologia Geral e de Aplicação (1987) e doutor em Ciências (1993) pela USP. Pós-doutor (2000) pela Universidad Politécnica de Cataluña - UPC e pós-doutorado (2010) pela Escola de Engenharia de São Carlos (USP)

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Finalzinho de governo

“Afinal, qual é o medo que tem o presidente da Câmara dos Deputados e os nobres deputados em colocarem em pauta já o impeachment? Eles não têm sensibilidade para enxergar quem é o grande responsável por esse estado de coisas?”

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Quando vamos poder comemorar, de fato e de direito, o final dessa proto-ditadura (ou ditadura?) que se instalou no país pela triste obra de 57 milhões de brasileiros? Até quando vamos aguentar esse des-governo que está mais preocupado em promover a morte, com suas armas baratas e com suas cloroquinas caras, ou se isso não é uma descarada prática da eugenia, o que seria então? 

Segundo o dicionário “Houaiss” a eugenia é a “teoria que busca produzir uma seleção nas coletividades humanas, baseada em leis genéticas”. Quando o presidente disse que estamos num “finalzinho de pandemia” não estaria dando um sinal disso? Ou o sinal que já foi dado com a exclusão, por exemplo, da população carcerária, do grupo de risco para receber a vacina contra o coronavírus, teria outro nome?       

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Pelo amor de deus, algum cidadão acredita mesmo na suposta espontaneidade do presidente quando proferiu esse disparate durante a inauguração de uma ponte, recentemente, em Porto Alegre (RS)? Ao contrário, parece tudo foi muito bem pensado e planejado, com cada frase no seu devido lugar, como sempre. Salvo melhor juízo, repare que quando foi dita essa barbaridade (“finalzinho de pandemia”) ele está se segurando para não rir. Veja sua expressão facial. A quem quer iludir? Engana-se aquele que acha que existe alguma fala espontânea, mesmo quando ela é dirigida para seus fanáticos seguidores. Tudo é muito bem ensaiado.

Por outro lado, o ainda presidente da Câmara dos Deputados, que nasceu no exílio (Chile), por causa do golpe militar de 1964, não vai ter o mínimo de dignidade e colocar em pauta um dos muitos pedidos de impeachment nesse seu final de mandato? Se ele fosse fazer um “combo” dos pedidos que chegaram à mesa da presidência da Câmara dos Deputados, com certeza escorreria, pelo conteúdo acumulado, um caldo de atrocidades desse governo genocida, juntando motivos suficientes para o impeachment.

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No entanto, parece que não existe um clima nem um número de parlamentares suficientes para que esse processo seja levado adiante. É isso que temos ouvido, ultimamente, pela contabilidade dos políticos mais conservadores e conhecedores da nata que domina as decisões na Câmara dos Deputados. A preocupação agora é quem vai ser o presidente da casa partir de 2021. Enquanto isso, hoje são mais de 179 mil os mortos pelo coronavírus e com esse número aumentando. 

Mas, por que não tentar o impeachment? Por que ficar jogando na retranca? A grande maioria do povo brasileiro, aquela maioria consciente, que vai passar o Natal e o Ano Novo em casa, quieta, sem se aglomerar com vizinhos e com famílias estranhas simpáticas ao negacionismo de plantão, merece a esperança de que esse brinde à vida, com o finalzinho de governo, possa ainda ocorrer nesse ano de 2020. Será que pensar nisso é igual soltar um foguete molhado?

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Afinal, qual é o medo que tem o presidente da Câmara dos Deputados e os nobres deputados em colocarem em pauta já o impeachment? Eles não têm sensibilidade para enxergar quem é o grande responsável por esse estado de coisas? Como bem disse um dia Nelson Mandela: “Quando somos libertados de nossos medos, nossa presença automaticamente liberta a outros.”

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