Fiquei presa num ato da gadolândia e foi desesperador
Chegando na Avenida, tudo, tudo parado. Cercada pelas hienas, trânsito caótico. Como se não pudesse piorar, um descompensado berrava do carro de som que a maior ameaça do comunismo, representado por Lula, era o ensino de masturbação para crianças a partir dos 4 anos.
Sábado, sol, primeiro de maio, um dia lindo. Resolvi ir com meu companheiro na avenida paulista pegar uma refeição no nosso restaurante predileto. Tinha me esquecido completamente dos atos da gadolândia a favor do genocida.
Chegando na Avenida, tudo, tudo parado. Cercada pelas hienas, trânsito caótico. Como se não pudesse piorar, um descompensado berrava do carro de som que a maior ameaça do comunismo, representado por Lula, era o ensino de masturbação para crianças a partir dos 4 anos.
Mais a frente, uma senhora, que parecia ter tomado 4 vidros de Rivotril, figurante do filme “O iluminado”, circulava com uma faixa de "VOTO IMPRESSO JÁ".
Na faixa de pedestres, com sinal verde, passavam tranquilamente uma mulher, com uma harmonização facial visivelmente mal sucedida e seu parceiro. Sua face era tão deformada por plásticas que lembrava um maracujá com hemorroidas. Na camisa: "mito".
Quando conseguimos sair daquele zoológico (com todo respeito aos animais) já quase virando a esquina, uma senhora olhou fixamente para mim, gesticulando, me chamando para aquele encontro fétido.
No limite da minha sanidade, mandei ela ir “para ponte que partiu”. E o carro, graças a todas as crenças e santos, arrancou dali.
Mais a frente, outra senhora que parecia ter saído de uma rinha de galo, gritava para alguém do carro a minha frente, que provavelmente se irritou com aquela gadolandia: “Vai chupar o Lula, viadão”.
Após os momentos de terror, conseguimos almoçar às 16 horas, salvos daquele ambiente de macabro.
É assustador perceber que tantos estavam ali numa dança da morte.
* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

