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Francisco Calmon

Ex-coordenador nacional da Rede Brasil – Memória, Verdade e Justiça; membro da Coordenação do Fórum Direito à Memória, Verdade e Justiça do Espírito Santo. Membro da Frente Brasil Popular do ES

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Firmar âncoras

A esperança é que Lula não ceda às pressões e indique Messias para substituir Barroso no STF

Supremo Tribunal Federal e Luiz Inácio Lula da Silva (Foto: Divulgação I Ueslei Marcelino / Reuters)

Alcolumbre pressiona Lula a indicar Pacheco para o STF. Após indicar Dino, um comunista, graças a Deus, seria um baita retrocesso indicar Pacheco.

É necessário lembrar que ele fez dobradinha com Lira no orçamento secreto. Esse é o seu cartão de visitas.

O melhor cenário é o da posição do Lula de ter o ex-presidente do Senado concorrendo ao governo de Minas. Colocar Pacheco no STF é fortalecer o grupo do Gilmar Mendes, o tucano do Supremo.

Esse grupo representa um projeto de poder que sempre se opôs aos avanços populares.

Fazer parte do grupo de Gilmar Mendes é engrossar a sua veia tucana, que impediu Lula de ir para a chefia do Gabinete da Dilma e mudou o curso da história. Gilmar tem que perder força e não ganhar.

A submissão a essa máquina é um risco. Os que já estão lá acabam se submetendo porque ele domina a engrenagem do STF.

Lembram de uma época em que o sorteio sempre o indicava?

Chega de conciliação com quem mina a base do governo. Não se pode ver só o curto prazo.

Depois da escolha do Dino, tem que seguir na linha de escolhas pela esquerda.

Pacheco é do PSD, antes foi do DEM, precisa falar mais?

Se fosse alinhado ao Lula, aceitaria ser candidato em Minas.

Vamos dar força para Lula não se curvar. Vamos lembrar o orçamento secreto com Lira e Pacheco, o início da usurpação de parte do poder executivo.

A esperança é que Lula não ceda às pressões e indique Messias para substituir Barroso no STF. Com essa postura, zela pela sua responsabilidade de mandatário eleito para fazer o melhor para o Estado democrático de direito.

Enquanto acompanhamos, sem piscar os olhos, este jogo de xadrez democrático, uma ameaça colossal se desenha no horizonte.

O imperialismo estadunidense realiza ações típicas de preparação à invasão da Venezuela. A extrema-direita venezuelana, servil a esses interesses, abre as portas para a agressão.

Foi nesse sentido o prêmio Nobel para a natimorta política, golpista de carteirinha, Maria Corina Machado. Rejeitada pela maioria do povo em pesquisa RECENTE.

A Venezuela faz a revolução bolivariana, de caráter democrática e socialista. Para além da ganância no petróleo e outros minerais do território venezuelano, o imperialismo não aceita, além de Cuba, outro país, socialista.

Cuba não tem petróleo e sofre uma asfixia implacável há décadas.

Maduro “deixará o poder com ou sem negociação”, ameaça Maria Corina Machado.

Tal assertiva mostra o caráter de sabuja do Trump e traidora do seu povo, desde a época do Chaves. A ganhadora do Nobel da perfídia, prega, sem qualquer pudor, que os EUA invadam o seu próprio país.

Qualquer semelhança com Eduardo Bolsonaro não é mera coincidência, é o neofascismo da extrema-direita.

Quem vai parar esse psicopata imperialista e seus serviçais?

Se atacar a Venezuela, terá dado o primeiro passo a ter de fato a América do Sul como quintal. O Brasil, como líder da América do Sul, tem que agir como tal, e não esperar que aconteça.

A passividade é cumplicidade.

A resposta deve ser contundente. Em caso de agressão dos EUA à Venezuela, devem ser formados comitês bolivarianos em várias partes da América Latina por voluntários.

A tarefa número um no contexto trumpista é a união da América Latina, por um lado, e, por outro, é a manifestação inequívoca da China e Rússia de que não aceitarão transformar a América Latina em quintal dos EUA.

Do Supremo Tribunal Federal à defesa da Venezuela, a lição é a mesma: é hora de firmeza e alinhamento.

Não há espaço para mais concessões à direita, seja na política doméstica, seja na geopolítica. A soberania do Brasil e da América Latina exige astúcia e coragem para se opor às forças opressoras do imperialismo neonazifascista.

* Este é um artigo de opinião, de responsabilidade do autor, e não reflete a opinião do Brasil 247.

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