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Carlos Henrique Abrão

Desembargador do Tribunal de Justiça de São Paulo

159 artigos

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FMI X FME

Seguramente não fizemos a lição de casa, gastamos muito mais do que imaginávamos, e para incluir milhões de brasileiros na esfera do consumo, corremos o sério risco de retirar tantos outros milhões

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É quase consensual no Brasil, dizem os especialistas, que estamos atravessando a duras penas a pior crise dos últimos 25 anos da nossa história.

Em tempos recentes o Fundo Monetário Internacional (FMI) duramente criticado, pois orientava a disciplina das despesas orçamentarias e coloca em ordem as nossas finanças. Seguramente não fizemos a lição de casa, gastamos muito mais do que imaginávamos, e para incluir milhões de brasileiros na esfera do consumo, corremos o sério risco de retirar tantos outros milhões, tamanha a insensateza do modelo. Não realizado seria o caminho e a vertente para minimizar o risco.

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A primeira resposta é aprovar de imediato o ajuste fiscal, sequer recesso deveria existir nessa situação para nosso parlamente, dias a mais representam retrocessos perigosos. Estávamos endividados e o FMI nos monitorava e quando pagamos a dívida nos ufanamos que daqui para frente tudo seria diferente, sem o jugo de fora e as manobras que nos atavam aos mercados internacionais. Balela. Fomos bem piores, e caímos na cilada de que o mundo conseguiria crescer de forma simétrica, mas nos enganamos na assimetria, em especial os países emergentes, sem capacidade de controlar suas finanças e demonstrar sagacidade na fiscalização das despesas, bolsas sociais e programas sem orçamento ou receita impactam diretamente no futuro da Nação.

Feita reforma a toque de caixa, não há outra alternativa, o que necessitamos é de ajustes na lei de responsabilidade fiscal e também naquela de recuperação e falências, pois o surto, verdadeiro estouro e explosão do número de pedidos no primeiro semestre desse ano chama a atenção e causa um receio indesmentível.

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O aumento de quebras superar 50% do primeiro semestre de 2014, e aquele recuperacional suplanta 35% do mesmo período do ano passado, como conjugar esses fatos á luz dessa monumental crise que abala as mais fortes estruturas do desenvolvimento e do crescimento do Brasil. Essas minirreformas são essenciais, inadiáveis e fundamentais para o País estar adaptado, ajustado e nivelado diante das enormes vicissitudes que terá no segundo semestre e sem duvida alguma durante todo o ano de 2016. O que seria então a sigla FME, nada mais nada menos falência múltipla de empresas, sim se o parlamento brasileiro não acordar e rapidamente incrementar a legislação com redução da espiral inflacionária, do cambio e tributação, as nossas empresas quebrarão em cascata.

O instituto de finanças internacional, conglomerado de bancos, acaba de revelar que nossas empresas estão profundamente endividadas a representar 85% do produto interno bruto, taxa simplesmente de risco e inevitavelmente de tensão com a possibilidade criada na perspectiva de muitos setores não conseguirem superar as dificuldades, patinarem e romperem de vez com demissões e licenciamentos prolongados.

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O capitalismo estatizante, definitivamente, está destronado, desmoralizado e arruinado, suas amarras com empresas começam a ser cortadas e o rombo será forte, teremos capacidade, competência e produção suficientes para tanto. Singapura que se edificou na última década, do tamanho do estado do RJ exporta o dobro do Brasil, alguma ou muita coisa está errada, esse sistema precisa, nas palavras de Mangabeira Unger, sofreu uma mutação vanguardista, com respaldo na ciência e tecnologia, pois se prosseguirmos nas exportações de insumos, matérias primas e commodities, cujos preços são fixados lá fora, o risco de montarmos uma falência múltipla de empresas será bem palpável, e novamente o FMI estará a nos visitar, ao menos bons conselhos não faltarão.

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