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Luciano Teles

Professor adjunto de História do Brasil e da Amazônia da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) e autor de artigos e livros sobre a história da imprensa operária e do movimento de trabalhadores no Amazonas.

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Folha de S.Paulo, Estadão e o cenário atual de intolerância e ódio

Articularam-se com o (des)governo Bolsonaro desde o processo eleitoral de 2018

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A Folha de São Paulo e o Estado de São Paulo são jornais conhecidos nacionalmente, notadamente pelo projeto político conservador que defendem e pela intervenção social concreta em momentos específicos da história política do país, como a defesa e a participação, a título de ilustração, no golpe civil-militar de 1964. Anos depois, seguindo no seu caminho de apoio e atuação política golpista, tratou de sustentar e legitimar outro golpe, a farsa do impeachment da então presidenta Dilma Rousseff, em 2016, e a farsa jurídica da prisão sem provas do ex-presidente Lula, em 2018. 

Articularam-se com o (des)governo Bolsonaro. E isso se deu desde o processo eleitoral de 2018, quando então trataram de criar/inventar uma imagem de Fernando Haddad como um “poste” e/ou um “personagem político radical” a tal ponto do descalabro de dizerem que entre Bolsonaro e Haddad a escolha seria muito “difícil”. Ou seja, entre um professor universitário, e ex-prefeito de São Paulo, aberto ao diálogo, ao debate plural e a construção de consensos e um defensor da tortura e da ditadura, imagina que escolha difícil seria hein! 

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Não obstante tais posições e invenções, recentemente, já no âmbito do desastre desse (des)governo que se instalou no Planalto, os dois jornalões assumiram dois papelões (só para rimar!) que só concorrem para a reprodução/manutenção dos discursos de intolerância e ódio. 

O jornal O Estado de São Paulo, em editorial datado de 23 de janeiro de 2022, passou a destilar ataques gratuitos ao ex-presidente Lula, num esforço absurdo em sustentar acusações que foram anuladas pelo Poder Judiciário. E ainda, de resto, acusou o ex-presidente de promover “verdadeira campanha difamatória contra o Judiciário”. Que absurdo! Nenhuma menção ao que efetivamente ocorreu: Lawfare. E muito menos às provas, estas sim concretas, que se tornaram públicas pela “Vaza Jato” e também pelo Walter Delgatti Neto. Não há senso de responsabilidade e nem pudor no Estadão.  

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Já a Folha de São Paulo tem dado espaço em suas colunas para a publicação de artigos racistas, tal qual o artigo de Antônio Risério intitulado “Racismo de negros contra brancos ganha força com identitarismo”, que fala acerca daquilo que não existe: o “racismo reverso”. Indignados, algo em torno de 200 jornalistas da Folha elaboraram uma carta aberta denunciando a “publicação recorrente de conteúdos racistas”. O jornal, então, respondeu aos jornalistas defendendo o artigo de Risério, dizendo que era “liberdade de expressão”! Que “liberdade de expressão” é essa que defende racismo? Será possível que a cúpula do dito jornal não sabe o que é liberdade de expressão? Ou estão agindo como o Estadão, de forma cínica, sem pudor e sem senso de responsabilidade?

As ações dos dois jornais acima expostas apenas revelam e provam que ambos também foram instrumentos no processo de erguimento do cenário de intolerância e ódio que se instalou no país ao longo dos últimos anos. Isto deve ser dito! 

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E, ao que parece, querem manter a todo custo o atual cenário para continuar destruindo o país em nome de uma agenda ultraliberal que só os beneficia.  

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